A Caixa Econômica Federal encerrou nesta segunda-feira (31) os pagamentos de julho do Bolsa Família. Os beneficiários com NIS de final 9 foram contemplados hoje com o repasse da parcela, sendo este o último grupo a receber o valor do programa social neste mês de julho.
De acordo com as regras do Bolsa Família, os repasses do benefício ocorrem nos dez últimos dias úteis de cada mês. A lógica de pagamentos se baseia no último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Assim, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.
Os usuários podem acessar o valor através do aplicativo Caixa Tem. No entanto, os beneficiários que quiserem sacar o dinheiro poderão ir a alguma agência bancária para realizar a operação.
O pagamento da parcela de julho do Bolsa Família teve início no último dia 18 de julho. A Caixa realizou os repasses até esta segunda-feira (31), data que marca o fim do pagamento de julho.
Veja abaixo o calendário de pagamentos do Bolsa Família de julho de 2023:
Em resumo, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil. Neste mês de julho, 20,9 milhões de pessoas receberam o benefício, que se destina às famílias em situação de vulnerabilidade social no país.
O programa foi relançado em março deste ano, substituindo o Auxílio Brasil e trazendo consigo diversas mudanças. Uma delas foi a Regra de Proteção, que ajuda os usuários a não perderem o benefício em uma situação específica.
Segundo as novas regras do Bolsa Família, os usuários podem ingressar no programa se tiverem uma renda mensal de até R$ 218 por pessoa da família. Contudo, mesmo que o rendimento ultrapasse essa marca, os segurados não irão perder o benefício de imediato.
Embora o requisito de renda mínima seja descumprido, as famílias seguradas continuam recebendo o valor pago pelo Governo Federal por mais dois anos. Contudo, a parcela cai para 50% do valor do pagamento que tinham direito.
Segundo o Governo Federal, 2,2 milhões de usuários estavam enquadradas na regra de proteção do Bolsa Família. Essas famílias podem aproveitar os dois anos de pagamentos para equilibrar as contas e se preparar para o futuro sem o benefício. Aliás, julho é o segundo mês de pagamento dessa nova regra do programa.
Outra regras do Bolsa Família define o valor a ser recebido por cada pessoa da família. Trata-se do Benefício de Renda de Cidadania, que garante o pagamento de R$ 142 para cada membro da composição familiar que esteja inscrita no Cadastro Único (CadÚnico).
A regra se aplica às famílias unipessoais, compostas por um único indivíduo, garantindo uma valor de R$ 142 para o inscrito no programa social. Contudo, o Governo Federal complementa a parcela para que alcance o valor mínimo de R$ 600 por cada inscrito do Bolsa Família.
Dessa forma, as famílias compostas por até quatro pessoas, que teriam direito a, no máximo, R$ 568 (R$ 142 x 4) no mês, recebem o valor mínimo de R$ 600, pois qualquer valor abaixo dessa marca é complementado pelo governo.
A parcela mínima de R$ 600 só não será pago aos beneficiários do Bolsa Família que tiverem contratado o Auxílio Consignado anteriormente. Nesses casos, os descontos do empréstimo ocorrem diretamente sobre o valor do benefício, ou seja, algumas famílias podem receber menos que R$ 600 no país.
Embora o programa social tenha uma parcela mínima garantida, não há regras sobre um limite de valor a receber. Em outras palavras, os beneficiários podem receber muito mais que R$ 600. E isso está acontecendo com mais frequência nos últimos meses, pois o Governo Federal começou a pagar benefícios adicionais para os segurados.
Veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:
Em resumo, o Benefício Primeira Infância vem sendo pago aos usuários desde março, enquanto o Benefício Variável Familiar teve início em junho. Ambos ajudaram a elevar o valor da parcela de milhões de famílias que possuem crianças, jovens, gestantes ou lactantes em sua composição.
Por exemplo, uma família composta por dois adultos e três crianças, com 2, 4 e 6 anos, terá direito à parcela mínima de R$ 600, acrescida de R$ 150 por cada criança de até seis anos (R$ 150 x 3 = R$ 450). Assim, o valor do benefício será de R$ 1.050 no mês (R$ 600 + R$ 450).
Inclusive, o valor pode ser ainda maior, caso haja mais indivíduos que tenham direito a mais benefícios, como gestantes ou crianças e jovens com idade entre sete e 18 anos.