Brics aprova entrada de mais 6 países membros; veja quais

Brics aprova entrada de mais 6 países membros; veja quais

Veja a lista completa de novos países que entram oficialmente no BRICS já a partir de 1º de janeiro de 2024

Se você se lembra das aulas de geografia na escola, certamente sabe o que significa a sigla BRICS. Trata-se basicamente de um bloco internacional que reúne Brasil, Rússia, Índica, China e a África do Sul (esta última representada pelo S de South África, em inglês). A partir de agora, no entanto, esta lista vai aumentar.

Logo depois de uma longa reunião dos BRICS realizada na África do Sul nesta semana, todos os atuais cinco membros do bloco decidiram permitir que novos integrantes sejam aceitos. Ao todo, a sigla vai ganhar mais seis países, que passarão a se integrantes completos já a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2024.

A informação foi confirmada pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, ainda nesta quinta-feira (24). De acordo com o líder sul-africano, os países que deverão entrar no bloco são:

Critérios

De acordo com a documentação final dos BRICS, a entrada dos seis novos membros atendeu a critérios definidos pelos países originários. Uma das questões analisadas foi justamente o comprometimento do país com a reforma na estrutura de governança global. 

Neste sentido, é importante lembrar que Brasil, África do Sul e Índia querem entrar no Conselho de Segurança da ONU, e querem fazer pressão para que as Nações Unidas aceitem estas entradas.

O plano é, portanto, fazer com que os seis novos membros do BRICS ajudem neste processo de pressão para uma reforma do Conselho de Segurança, que possa permitir as entradas de Brasil, Índia e África do Sul no grupo.

“Apoiamos uma reforma abrangente da ONU, incluindo o seu Conselho de Segurança, com vista a torná-lo mais democrático, representativo, eficaz e eficiente, e aumentar a representação dos países em desenvolvimento nos membros do Conselho para que possa responder adequadamente aos desafios globais prevalecentes e apoiar as aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, incluindo o Brasil, a Índia e a África do Sul, a desempenhar um papel mais importante nos assuntos internacionais, em particular nas Nações Unidas, incluindo o seu Conselho de Segurança”, diz o comunicado.

“Encarregamos os nossos ministros das finanças e presidentes dos Bancos Centrais, conforme apropriado, a considerarem a questão das moedas locais, instrumentos de pagamento”, completa o comunicado final.

O impacto das novas entradas

  • Continentes variados

Entre os seis países que foram convidados formalmente, há representantes de três continentes. África, Ásia e América do Sul.

  • Sistemas variados

Outro ponto que pode ser levado em consideração, está na variedade dos sistemas políticos dos países convidados. A Argentina, por exemplo, vive notadamente em uma democracia presidencialista. Já a Arábia Saudita é uma monarquia absolutista, assim como os Emirados Árabes.

  • Economias diversas

Também não há nenhum tipo de ponto em comum do ponto de vista da economia dos países convidados. Na Argentina, por exemplo, a situação econômica é de caos, com uma inflação cada vez maior. Já a Arábia Saudita vive um boom econômico, sendo nada menos do que a maior exportadora de óleo cru do mundo. O Irã conta com a maior reserva de gás natural do planeta.

“Agora, o PIB dos BRICS eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT), em discurso nesta quinta-feira (24).

Brics aprova entrada de mais 6 países membros; veja quais
Arábia Saudita vive momento de boom econômico. Imagem : Paulo
Pinto/Agência Brasil

Brics badalado

Informações oficiais indicam que mais de 40 países do mundo manifestaram interesse em entrar no sistema do BRICS. Contudo, a grande maioria deles não conseguiu esta entrada. Como dito, apenas seis  foram selecionados.

Sediada na África do Sul, a reunião contou com a presença dos líderes:

  • Lula (Brasil);
  • Cyril Ramaphosa (África do Sul);
  • Xi Jinping (China);
  • primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
  • presidente da Rússia, Vladimir Putin (participou de forma remota).

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