Os juros no Brasil continuam muito elevados em 2023. A saber, a taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic, manteve-se no mesmo patamar que vem sendo observado desde agosto de 2022, em 13,75% ao ano.
Em síntese, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve pela quarta vez consecutiva a taxa Selic estável. Estas decisões sucederam 12 avanços consecutivos, que fizeram os juros chegarem ao maior patamar desde novembro de 2016, ou seja, em mais de seis anos.
Nem todo mundo se importa com notícias sobre aumento dos juros no país. Contudo, a realidade é as decisões do BC afetam toda a população. Ainda mais quando os juros sobem, o que corrói ainda mais a renda dos brasileiros.
O ano de 2022 impôs diversos desafios à população do país. Em primeiro lugar, porque os preços dos produtos se mantiveram mais caros por muitos meses, principalmente no primeiro semestre, aumentando o custo de vida no Brasil.
Em segundo lugar, porque o cenário pressionou o BC a elevar os juros a um patamar que não era visto nos últimos anos. E a combinação de inflação e juros elevados não é nem de longe positiva para os brasileiros, que sofreram para manter os mesmos hábitos de consumo.
A saber, inflação se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços do país. Para 2023, a meta da inflação é de 3,25%, e o BC atua para tentar cumprir essa meta.
Em resumo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta central para a inflação do país. E cabe ao BC agir para cumprir essa meta, uma vez que a inflação controlada traz diversos benefícios. Aliás, veja abaixo alguns pontos positivos quando há controle inflacionário no país:
Para segurar a inflação, o BC elevou por 12 vezes consecutivas a taxa Selic, entre março de 2021 e agosto de 2022. Essa foi a maior sequência de elevações da taxa Selic em 23 anos. E o BC optou por encerrar os avanços, pois a inflação começou a perder força no país.
Embora a taxa Selic esteja estável, essa notícia não é toda positiva para os brasileiros. Isso porque o patamar em que os juros estão no país é muito elevado. E as consequências desses juros elevados atingem diretamente a população.
Em suma, a Selic é o principal instrumento do BC para conter a alta dos preços de bens e serviços no país. Quanto mais alta ela estiver, mais altos ficarão os juros no país, no geral. Assim, o crédito fica mais caro, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia.
A Selic elevada tende a impulsionar os juros bancários, que acabam sendo repassados aos clientes. Em 2022, os juros bancários médios do país alcançaram o maior patamar dos últimos seis anos, subindo 8,2 pontos percentuais em relação a 2021.
Como os juros encarecem o crédito, pois outros setores também passam a apresentar taxas mais elevadas, as pessoas se veem mais apertadas financeiramente. Na verdade, a inflação elevada já pressiona a renda dos brasileiros, e os juros em patamar muito alto agrava ainda mais esse cenário.
Por isso que o endividamento e a inadimplência atingiram os maiores níveis já registrados no país em 2022.
Em síntese, os juros mais altos pressionam a renda dos brasileiros. Isso acontece porque compras parceladas, geralmente feitas pelas pessoas de renda mais baixa, passam a ter juros mais elevados. E, muitas vezes, as famílias acabam atrasando o pagamento e sofrem com os juros e multas devido aos atrasos.
Para fugir desse cenário, os brasileiros podem seguir algumas dicas simples, mas bastante eficazes, que podem livrar muita gente de grandes dores de cabeça: