Pesquisadores da Kaspersky descobriram uma nova campanha de propagação do NullMixer, um malware (vírus de computador) que rouba credenciais, endereço, dados de cartões de crédito, criptomoedas e até mesmo contas do Facebook e da Amazon. Ao tentar fazer o download de um software, a partir de sites de terceiros, cerca de 10 mil brasileiros foram atacados, número que representa mais de 20% das 47 mil detecções ao redor do mundo. O Brasil sofreu 2,5 vezes mais ataques por esse malware que a Índia, segundo colocado, só para se ter ideia do tamanho da diferença.
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O NullMixer é frequentemente distribuído por cibercriminosos através de sites que oferecem programas piratas de computador e ativadores para baixar um software ilegalmente. Na maioria dos casos, os usuários já recebem algum adware ou outro software indesejado por meio do download de softwares ilegais, já que eles são usados para driblar a segurança contra pirataria das plataformas originais.
Porém o NullMixer se diferencia por ser muito mais perigoso, pois ele pode realizar um download massivo de trojans e ocasionar uma infecção em grande escala nos dispositivos. Isso inclui vírus de espionagem, trojans para roubos bancários e outras ameaças do tipo.
A Kaspersky destaca ainda que, com este vírus, qualquer informação que o usuário escreva em seu teclado estará disponível para os golpistas: desde mensagens enviadas aos seus amigos em redes sociais até logins e senhas do seu dispositivo ou contas de criptomoedas.
A Kaspersky explica como funciona a infecção do vírus:
Entre as ameaças espalhadas pelo NullMixer está o RedLine, que assim como o malware Disbuk – também conhecido como Socelar – caça dados de cartões de crédito e criptomoedas de computadores infectados. Ao roubar cookies do Facebook e da Amazon com o Disbuk, os golpistas podem obter acesso às contas da vítima e utilizar suas credenciais, endereço e até detalhes de pagamento.
Os cibercriminosos também utilizam ferramentas profissionais de SEO para se manter nos primeiros resultados dos mecanismos de busca. Isso facilita que os sites maliciosos sejam encontrados com pesquisas por termos como “cracks” e “keygens”, aumentando o alcance do golpe.
A Kaspersky lembra que qualquer download de arquivos a partir de fontes não confiáveis é uma verdadeira roleta. O usuário nunca vai saber se o que é baixado se trata do software esperado ou se ele virá com algum malware de brinde e recomenda que ele tenha isso em mente
Por isso, a empresa ainda aconselha que o usuário: