O Indicador de Nascimento de Empresas do Serasa Experian, apontou que no primeiro semestre de 2023, foram criadas no Brasil, em média, cerca de 12 empresas por minuto. A princípio, segundo as informações do levantamento, nos primeiros seis meses deste ano, foram criadas no país 2.117.073 organizações.
Todavia, esse total de organizações empresariais corresponde a uma alta de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O destaque para o primeiro semestre de 2023 ficou para o setor de serviços, com uma alta expressiva, de cerca de 71,7% do total de empresas abertas este ano, em todo o território nacional.
Analogamente, convém observar que esse índice corresponde a abertura de 1,5 milhão de empresas. Neste cenário, houve um crescimento do setor de serviços de 5,8% na comparação com o primeiro semestre de 2022. Já o setor de comércio obteve uma alta de 20,88% no primeiro semestre e a indústria de 6,3%.
O levantamento do Serasa Experian apontou que o segmento de alimentação, que inclui atividades como bares, restaurantes, lanchonetes, e food trucks foi o que apresentou uma maior abertura de novas empresas durante os seis primeiros meses de 2023. Ademais, foram cerca de 140.808 novas organizações.
De acordo com o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas do Serasa Experian, Cleber Genero, a criação de novas organizações empresariais nos setores que apresentaram uma maior alta torna em evidência a tendência de crescimento do setor de serviços. Para ele o protagonismo deve continuar.
Desse modo, Cleber Genero defende que o setor de serviço se beneficia devido ao fato de que para a criação de uma empresa relacionada ao segmento, necessita de um baixo investimento. Além disso, há uma maior velocidade de retorno financeiro, o que faz desse tipo de empreendimento um grande sucesso em todo o país.
A área de alimentação é a que mais corresponde a essas expectativas, sendo bastante procurada por quem deseja abrir um novo negócio. Em relação à natureza jurídica, o microempreendedor individual (MEI) lidera a lista do Serasa Experian, com o maior número de organizações abertas no primeiro semestre (77%).
Em seguida, de acordo com o levantamento, vem as sociedades limitadas, com 18,3%. O número de abertura de empresas individuais nos primeiros meses, entre janeiro e junho deste ano, ficou em 2,6% do total. As demais correspondem a 2,1%. A região que mais abriu empresas no primeiro semestre no país foi a Sudeste.
Na região Sudeste do Brasil, foram abertas cerca de 1.071.737 novas empresas durante os seis primeiros meses deste ano. Em segundo lugar ficou a região Sul do país, com 402.256 novos empreendimentos abertos. Depois vem o Nordeste, com 334.580 novas organizações, o Centro-oeste com 201.984 e o Norte, com 106.516.
Na comparação com as unidades federativas, ou seja, os estados, São Paulo apresentou durante o período o maior número de abertura de novas empresas, e o estado do Amapá, o menor. Na comparação anual, com 2022, o Mato Grosso foi o que apresentou a maior alta, segundo o levantamento do Serasa Experian.
Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Sebrae, no primeiro semestre de 2023, o Brasil apresentou um saldo positivo de 868.8 mil pequenos empreendimentos criados em todo o território nacional. Desse montante podemos destacar as microempresas, empresas de pequeno porte, e microempreendedores individuais (MEIs).
Aliás, desse total houve a abertura de cerca de 1,9 milhão de pequenos negócios e o fechamento de 1,1 milhão de pequenas empresas. Enfim, vale ressaltar que o levantamento do Sebrae utilizou como base as informações da Receita Federal. Para Décio Lima, presidente do Sebrae, isso é um reflexo da melhora da economia.
Sobre o aumento na abertura de empresas, ele diz que, “os indicadores positivos impulsionam o fortalecimento dos pequenos negócios que já existem. Eles também são animadores para quem sonha em empreender e ser dono do seu próprio negócio. Não tenho dúvida do potencial do empreendedorismo brasileiro”.
Em conclusão, em relação às melhorias no cenário econômico do país, Décio Lima afirma que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o início da redução da taxa de juros, Selic, e a melhora do poder de compra da população brasileira, contribuíram bastante para todo o empreendedorismo no país, de maneira exponencial.