Nesta quarta-feira (26), o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, informou que o presidente Jair Bolsonaro irá definir as alternativas de implementação do programa de distribuição de recursos Renda Brasil nesta sexta-feira (28).
“Teremos uma reunião técnica na sexta-feira pela manhã com os técnicos de cada ministério e no final da tarde, com o presidente da República, teremos a oportunidade de definir qual a política que será apresentada ao Congresso”, afirmou Marinho em entrevista à rádio Bandeirantes hoje.
De acordo com o ministro, até o momento, a decisão é de estender o auxílio emergencial até dezembro com a redução do valor atual e, a partir de janeiro de 2021, implementar o Renda Brasil.
Com relação as formas de financiamento do novo programa, o ministro informou que prefere não antecipar a decisão a ser tomada e nem dar informações que possivelmente serão repassadas na sexta-feira (28).
O Renda Brasil prevê três etapas ao longo da sua implantação:
- A transferência de recurso com o fim do auxílio emergencial de R$ 600 e transição para o Renda Brasil;
- Um novo programa de emprego, chamado de Carteira Verde Amarela, que tem como objetivo baratear a contratação dos contemplados do programa e prevê um complemento de renda num “imposto negativo”; e
- A desoneração da folha de salários (redução nos encargos que as empresas pagam sobre salários).
Nesta quarta-feira (26), Bolsonaro declarou que não deseja tirar recursos de outros programas já existentes para custear o Renda Brasil. O novo programa deve ser lançado como uma espécie de substituto do Bolsa Família. Entretanto, a equipe econômica também defende cortar outros programas, como o Farmácia Popular e o abono salarial.
“Não podemos fazer isso aí, como por exemplo, a questão do abono para quem ganha até 2 salários mínimos , que seria um 14º salário, não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar ao Bolsa Família, ao Renda Brasil ou como for chamar esse novo programa”, continuou Bolsonaro. O presidente também demonstrou discordância no debate sobre a prorrogação do auxílio emergencial.