Nesta segunda-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que não há possibilidades de manter o pagamento do auxílio emergencial em 2021 devido ao endividamento do país.
O presidente já havia comentado outras vezes sobre a dificuldade de o governo manter o benefício. No entanto, deu um sinal positivo para que o Congresso busque a fonte de financiamento para o novo programa, o Renda cidadã, suposto substituto do Bolsa Família.
“Eu sei que os 600 reais (do auxílio) é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso”, argumentou o presidente. “Mas realmente o Brasil está saindo da crise, os números mostram”, afirmou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem sinalizado em suas declarações que não irá tomar decisões que comprometam a situação fiscal do Brasil e vem defendendo a aprovação da regulamentação do teto de gastos como prioridade absoluta do Congresso.
Ainda, Maia segue defendendo a não prorrogação do auxílio emergencial e vem afirmando que a regulamentação do teto de gastos é mais importante do que a instituição de um novo programa de renda.
“Já deixei claro publicamente que sou contra a prorrogação do decreto de calamidade e que é preciso encontrar uma solução dentro do teto de gastos”, disse o presidente da Câmara na rede social.
Auxílio prorrogado até dezembro
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio já foi oficializada por meio de medida provisória e agora terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.
“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro.
Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.