O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou os governadores que pagam auxílio emergencial estadual durante a pandemia de Covid-19. De acordo com Bolsonaro, o pagamento a pessoas impedidas de trabalhar tira a ‘liberdade’ da população e “quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo”.
O comentário foi feito nesta sexta-feira (12), quando o presidente criticava as medidas de restrição de circulação implementadas em diversos estados para conter o avanço da Covid-19, que já matou mais de 270 mil pessoas no Brasil.
‘Pessoal vai devagar, devagar, tirando seus meios, tirando sua esperança. Tirando seu ganha pão. Você passa a ser obrigado a ser sustentado pelo Estado. Você viu que tem governador agora que está falando agora em auxílio emergencial. Querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo.’, disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada.
A fala de Bolsonaro vai contra as ações do próprio governo federal, que deve recomeçar a pagar auxílio emergencial a partir de abril.
A nova fase do programa de auxílio emergencial do governo federal abrange 46 milhões de famílias. O auxílio do governo federal será pago a apenas um membro da família e o valor é de R$250, pagos em quatro meses. Mulheres com filhos terão direito a receber R$375 e quem mora sozinho receberá R$150.
O Ministério da Economia não descarta a possibilidade de o auxílio ser pago por mais de 4 meses, o que dependerá do desenrolar da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Em ao menos três estados brasileiros, o auxílio emergencial estadual já foi votado pelos deputados ou colocado em prática pelos governadores. O Amazonas, do governador Wilson Lima (PSC), concede o benefício para a população carente.
O Rio de Janeiro, hoje governador por Cláudio Castro (PSC), sancionou o projeto do auxílio estadual na Assembleia Legislativa. O governador Camilo Santana (PT) anunciou o pagamento do benefício à população cearense neste ano.
Em Brasília o auxílio emergencial do Distrito Federal foi aprovado pelos deputados e aguarda sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).