No fim da noite desta quinta-feira, 11 de junho, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a prorrogação do auxílio emergencial, durante sua live semanal. Apesar de já ter confirmado que havia quarta e quinta parcelas, o presidente afirmou que irá vetar a prorrogação, caso o Congresso deseje pagar R$ 600 aos trabalhadores de baixa renda.
O ministro da Economia Paulo Guedes já havia afirmado que o objetivo do governo é pagar duas parcelas extras de R$ 300 cada uma. O benefício foi criado para ajudar trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus.
Enquanto Paulo Guedes e Jair Bolsonaro defendem quarta e quinta parcelas a R$ 300, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defende que as novas parcelas continuem pagando R$ 600.
Bolsonaro disse, durante a sua live semanal, que irá vetar a prorrogação, caso o valor de R$ 600 seja insistido pelo Congresso. “Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas parcelas de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, declarou o presidente.
De acordo com Bolsonaro, pagar mais duas parcelas de R$ 600 aos trabalhadores vulneráveis geraria impacto de mais R$ 100 bilhões nas contas do governo. Ainda de acordo com o presidente, esse valor atrapalharia a gestão da dívida pública e da taxa Selic.
Bolsonaro chegou a dizer que pagaria “até R$ 1.000”, caso o salário dos deputados fosse reduzido. Porém, salário de parlamentares pagaria apenas 0,05% de um mês do auxílio.