No final de agosto deste ano, uma nova regra estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) gerou polêmica em relação ao recebimento do Bolsa Família por pessoas que moram sozinhas. Surgiram especulações de que as famílias unipessoais não teriam mais direito ao benefício ou que aqueles que já estavam no programa teriam o benefício cancelado.
No entanto, é importante ter calma e compreender a verdadeira situação. A investigação sobre as famílias unipessoais começou em março deste ano, por meio da Averiguação Cadastral no Cadastro Único. Dessas famílias, pouco mais de 900 mil foram cortadas do programa.
O objetivo desse artigo é esclarecer as mudanças para as famílias unipessoais no Bolsa Família, trazendo informações precisas e atualizadas sobre o assunto.
O pente-fino realizado no Bolsa Família teve início devido a um alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis fraudes no programa. No ano passado, cerca de 22% dos beneficiários do Auxílio Brasil eram compostos por famílias unipessoais. Suspeita-se que indivíduos da mesma família fingiam pertencer a grupos separados para acumular benefícios.
Diante desse contexto, as famílias que moram sozinhas se tornaram alvo de averiguação no Bolsa Família, com altas chances de exclusão. Além disso, famílias que possuem crianças, adolescentes e gestantes em sua composição têm prioridade na seleção do programa.
Contrariando os boatos, as famílias compostas por uma única pessoa continuam tendo direito ao Bolsa Família. No entanto, a mudança estabelecida pelo MDS é que elas terão um limite de contemplação por município, com base em uma porcentagem estabelecida.
A partir de setembro deste ano, fica decidido que os municípios poderão ter no máximo 16% de famílias unipessoais em relação ao total de atendidos pelo Bolsa Família naquela localidade. Essa regra será aplicada para novas concessões do benefício.
Caso um município atinja o limite de 16% de famílias unipessoais, ele ficará impedido de adicionar novos beneficiários dessa composição na folha de pagamento do programa. Nesse caso, será necessário realizar uma revisão cadastral para adicionar novos grupos, baseando-se em dados da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc).
Para ter acesso ao Bolsa Família, as famílias devem atender a determinadas condições nos âmbitos da saúde e da educação. Essas condições são estabelecidas para garantir que o programa atinja seu objetivo principal, que é promover o desenvolvimento humano e a inclusão social.
As principais condições para receber o Bolsa Família são:
Ademais, as famílias unipessoais não foram canceladas do Bolsa Família. A mudança estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Social tem como objetivo garantir uma distribuição mais equilibrada do benefício, evitando possíveis fraudes e garantindo que as famílias mais vulneráveis sejam atendidas em primeiro lugar.
É importante destacar que as informações apresentadas neste artigo são baseadas em fontes oficiais e atualizadas. É fundamental sempre consultar os canais oficiais do Bolsa Família para obter informações precisas e atualizadas sobre o programa.
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