Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), disse que o banco planeja converter os 21 milhões de cartões das famílias atendidas pelo programa do Bolsa Família em cartões de débito, visando facilitar pagamentos e oferecer serviços bancários para os mais pobres.
Vale destacar que, o novo Bolsa Família possui valor fixo de R$ 600 para as famílias e acréscimo de R$ 150 a cada filho de até seis anos, que começa a entrar em vigor no dia 20 deste mês.
Conforme a Presidente da Caixa Econômica, o cartão de débito facilitará a movimentação das contas e garantirá a bancarização, uma vez que todos os beneficiários do Bolsa Família terão uma conta, uma poupança digital aberta pela Caixa.
“Então nós vamos bancarizar a população e facilitar a retirada desses recursos, pagamento em mercados, então a ideia é essa: facilitar para que ninguém fique na fila”, afirmou Rita Serrano.
Segundo a Caixa Econômica, apenas uma pequena porcentagem dos beneficiários do programa (rebatizado de Auxílio Brasil no governo de Jair Bolsonaro) possuía recursos de chip e cartão de débito. Os planos atuais preveem uma extensão disso. Hoje, a maioria dos usuários saca dinheiro em caixas eletrônicos e casas lotéricas, ou pelo aplicativo “Caixa Tem”.
Dentre as novidades anunciadas pela presidente da Caixa, encontra-se o programa Mulheres de Favela, um espaço que proporciona às moradoras pesquisa, formação e prática, além de promover uma roda de escuta para o desenho de ações futuras.
As mulheres que participam do programa são acolhidas e treinadas para iniciar ou expandir seus negócios, visando alcançar a independência financeira. A primeira fase do projeto prevê treinar e orientar 50.000 mulheres no mercado de trabalho dentro de um ano e meio.
“Quero destacar como o poder da justiça social, dos programas sociais de um governo comprometido com a população é capaz de mudar vidas. A força da Caixa se une à potência da favela e das mulheres”, disse Maria Rita Serrano.
Em suma, atualmente, o programa Mulheres de Favela envolve três comunidades nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, onde serão realizadas capacitações e mentorias profissionais, com orçamento de R$ 16 milhões.
O governo federal anunciou o reinício do Bolsa Família neste mês. O valor mínimo mensal dos benefícios é de R$ 600, em conjunto com mais dois outros benefícios complementares. O primeiro, para a primeira infância, garantindo um adicional de R$ 150 para cada criança menor de 6 anos na formação familiar.
O segundo benefício adicional acrescenta R$ 50 por pessoa para menores de 7 a 18 anos e gestantes. Em outras palavras, na prática, uma família com três filhos menores de 6 anos pode receber R$ 1.050.
Com isso, o governo prevê gastar R$ 14,5 bilhões com o Bolsa Família, que deverá atender cerca de 20,9 milhões de famílias somente neste mês. Em suma, vale lembrar que o governo pode gastar até R$ 175 bilhões com o Bolsa Família neste ano, valor definido no fim de 2022.