O Bolsa Família está fazendo nesta semana as liberações de mais um ciclo de pagamentos para algo em torno de 4 milhões de pessoas. Ao que parece, esses são os últimos repasses do benefício que nasceu ainda no ano de 2004. A partir de novembro, o Governo Federal deverá começar as liberações do seu novo programa: o Auxílio Brasil.
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Mas o que acontece com o Bolsa Família a partir de novembro? Ele ainda vai seguir fazendo pagamentos? Ainda vai ser possível se inscrever nele? As respostas para essas duas últimas perguntas é a mesma: não. De acordo com o próprio Governo Federal, o projeto no modo que conhecemos hoje vai ser descontinuado.
Isso quer dizer, portanto, que neste momento nós estamos vendo de fato os últimos pagamentos do programa em questão. O Governo Federal está dizendo publicamente por meio de vários ministros que o que vai acontecer em novembro é de fato uma mudança. Um projeto vai acabar dando lugar para o outro.
A ideia do Palácio do Planalto é que o novo benefício fique maior. O programa, que hoje atende algo em torno de 14,6 milhões de pessoas (quando se junta com a quantidade de usuários do projeto que estão recebendo o Auxílio Emergencial), deverá passar a ter 17 milhões a partir de novembro.
Além disso, os valores também irão aumentar. Hoje, ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, os pagamentos médios são de R$ 189. A partir de novembro, quando ele vai passar a se chamar Auxílio Brasil, a ideia é subir isso para R$ 400 em média. Pelo menos é isso o que está se esperando até aqui.
E o que vai acontecer com o Auxílio Emergencial a partir de novembro? Neste caso, a pergunta ainda está sem resposta. No entanto, ela pode aparecer a qualquer momento. É que o Presidente Jair Bolsonaro prometeu falar sobre isso em breve.
Neste momento, a Caixa Econômica Federal está fazendo os repasses da 7ª e última parcela do benefício. Nesta terça-feira (19), por exemplo, é a vez daqueles usuários do Bolsa Família que tenham o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 2.
Informações de bastidores dão conta de que o Governo Federal vai prorrogar o Auxílio Emergencial por mais alguns meses. Agora, no entanto, estaria faltando definir quais seriam as condições ideais para essa prorrogação.
Em um cenário sem prorrogação do Auxílio Emergencial, algo em torno de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem alguma ajuda do Governo Federal poderiam perder tudo a partir de novembro. Pelo menos é isso o que se sabe.
E quem fez essa conta foi o próprio Ministro da Cidadania, João Roma. De acordo com ele, o Governo Federal precisa fazer alguma coisa para ajudar essas pessoas. Ele disse que a prorrogação era uma possibilidade.
O Governo Federal, no entanto, segue encontrando resistência do Ministério da Economia. A ala mais ligada ao Ministro Paulo Guedes acredita que uma nova prorrogação do benefício pode acabar fazendo com que as contas públicas se compliquem.