O Governador do Piauí, Wellington Dias (PT) fez duras acusações contra o Presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (30). Ele postou um vídeo em suas redes sociais dizendo que o chefe do executivo estaria discriminando o Nordeste na questão da distribuição das vagas para o Bolsa Família este ano.
O Governador está se referindo especificamente a fila de entrada para o programa em questão. É que de acordo com os dados mais recentes, mais de 2 milhões de pessoas estão nesta lista de espera. São brasileiros que atendem a todos os requisitos para receber o dinheiro, mas que até agora não receberam nada.
De acordo com o Consórcio Nordeste, que é presidido pelo Governador Dias, a região mais atingida teria sido justamente o Nordeste. Somando os nove estados, dá para dizer que mais de 900 mil pessoas estão esperando para poder entrar no benefício em questão. Por isso, o político decidiu acusar o Presidente.
“Essa é uma situação que está acontecendo em todo o país, mas mais especificamente no Nordeste. Me parece que há uma discriminação ainda maior (com a região)”, disse o Governador em vídeo que foi respostado pelo perfil oficial do PT no Twitter. A publicação acabou gerando uma certa polêmica.
Até a publicação desta matéria, o Governo Federal não tinha se pronunciado sobre essa questão. Recentemente, o Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo Auxílio, negou que há qualquer tipo de discriminação contra qualquer região. Eles disseram ainda que o processo de escolha de quem vai receber o programa é impessoal.
Apesar de não responder a acusação do Governador, o Palácio do Planalto segue dizendo que a fila para entrar no novo Bolsa Família vai acabar. E de acordo com eles, isso já tem até data para acontecer. Vai ser a partir do próximo mês de novembro.
É que essa é a data em que o programa novo Bolsa Família deve entrar em cena. A ideia é que o projeto vai atender algo em torno de 17 milhões de brasileiros. Então a aposta é que todas as pessoas que estão na fila agora poderão entrar no benefício.
De acordo com informações de bastidores, o novo programa vai passar a se chamar Auxílio Brasil. Oficialmente, o valor médio de pagamentos ainda não foi definido. A aposta é que vai subir dos atuais R$ 189 para algo em torno de R$ 300.
Outro ponto que ainda está em discussão neste momento é a possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial. O programa, que hoje atende cerca de 35 milhões de pessoas, deve acabar oficialmente em outubro.
Acontece que membros do Ministério da Cidadania estão trabalhando para tentar esticar esses pagamentos um pouco mais. Há quem diga, por exemplo, que o Governo vai seguir com os repasses por, no mínimo, seis meses.
Caso isso aconteça, o Auxílio Emergencial e o novo Bolsa Família poderiam seguir fazendo pagamentos ao mesmo tempo por vários meses de 2022. Só que nada disso ainda é oficial. O Governo ainda precisa confirmar essas informações.