No próximo dia 20, o Governo Federal vai retomar os pagamentos do programa Bolsa Família. O projeto social passará por uma série de mudanças, incluindo um novo formato de pagamentos, que leva em consideração a quantidade de integrantes residentes dentro de uma mesma casa.
Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome revelou detalhes sobre o esquema. A pasta explicou como será realizada a equação que definirá o formato de pagamentos para cada um dos usuários do programa social. Abaixo, explicamos como efetuar esta operação.
A equação do Bolsa Família
Para saber qual é o valor que a sua família receberá em março é preciso conferir quantas pessoas residem na sua casa. Lembre-se de que todas elas precisam ter registro na sua conta do Cadúnico. Com este número em mãos, você pode multiplicar pelo número 142.
Vamos imaginar, por exemplo, uma família com cinco integrantes. Nesta caso, seria necessário multiplicar 142 por 5, e o resultado seria 710. Este é o valor mínimo que será pago todos os meses dentro do sistema do Bolsa Família. Deste modo, casas com mais integrantes poderão receber valores notadamente maiores a partir de março.
Agora imagine uma família com dois integrantes. Neste caso, seria necessário multiplicar 142 por 2, e o resultado seria 284. Segundo o Governo, em qualquer situação em que o resultado for menor que 600, o valor sobe para 600. Deste modo, em todos os casos, o patamar mínimo de pagamentos será o de 600.
Em resumo: (Número de integrantes da família x 142 = valor do pagamento do Bolsa Família)
Adicionais
Seja como for, é importante lembrar também que o resultado desta equação representará apenas um valor mínimo para os repasses. A partir de março, o Governo Federal vai pagar alguns adicionais, que podem fazer o patamar de liberações subir.
Já a partir deste mês, há a liberação de um adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. Além disso, a partir de junho, o Governo começa a pagar um segundo adicional por filhos que tenham idade entre sete e 18 anos e também para gestantes no valor de R$ 50.
Exemplos no Bolsa Família
Imagine, por exemplo, a seguinte composição familiar de uma casa com cinco pessoas:
- Um pai;
- Uma mãe;
- Uma filha de 19 anos grávida;
- Um filho de 12 anos;
- Um filho de 5 anos.
Oficialmente, temos uma família de cinco pessoas. Assim, precisamos multiplicar 5 x 142, e o resultado será 710. Este é o valor mínimo de pagamentos.
Como há um filho menor de seis anos, há ainda um adicional de R$ 150, o que eleva o valor para R$ 860.
Note que há também um outro filho com idade entre sete e 18 anos. Assim, a família tem direito a um segundo adicional de R$ 50 (a partir de junho). Deste modo, o valor sobe para R$ 910.
Há ainda uma mulher grávida dentro da mesma família, o que indica que a família tem direito a um segundo adicional de R$ 50 (também a partir de junho).
No final das contas, a família do nosso exemplo fictício vai receber todos os meses o valor de R$ 960.