Bolsa Família com um novo formato e valores a partir de fevereiro
O novo Bolsa Família estava previsto para ser lançado oficialmente até o fim de janeiro, conforme informou o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. O projeto, entretanto, sofreu alguns atrasos que impediram o lançamento do benefício no último mês. Agora, a previsão de lançamento ficou para este mês de fevereiro.
De acordo com a declaração de Lorenzoni, a pasta está pronta, aguardando apenas a autorização do presidente Jair Bolsonaro. Ainda, informou que o presidente deve autorizar que a apresentação de um novo Bolsa Família, mas, que seus moldes não serão alterados.
“Vai ser o Bolsa Família mesmo, não tem porque mudar, é o programa que as pessoas estão acostumadas”.
Novidades no Bolsa Família
O ministro infirmou que o novo Bolsa Família pagará um ticket mínimo superior a R$ 200 e que a finalidade é uma emancipação das famílias. “Vamos dar garantia para as famílias. Se a pessoa se empregou e perdeu o emprego por algum motivo, pode voltar para o programa, sem entrar na fila”, explicou.
Lorenzoni afirmou que os recursos utilizados serão usados do orçamento da pasta para 2021. “Fizemos caber o novo Bolsa dentro dos R$ 35 bilhões que o orçamento nos reserva para 2021. Nós fizemos tudo que podíamos em 2020, não pedimos um centavo a mais em nenhum programa do Ministério da Cidadania. É um aprofundamento fiscal que não tem espaço para inventar, tem espaço para ser criativo e fazer um programa diferente, mais direcionado”, disse.
Cálculo do valor do Bolsa Família
Você sabe como é calculado o valor do programa Bolsa Família? A princípio, são dois tipos de benefícios ao Bolsa Família, sendo pago pelo Governo Federal, o benefício básico de R$89 mensais e o Benefício Variável destinado a famílias compostas por gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes de 0 a 15 anos.
O valor de cada benefício chega a R$41,00. Cada família poderá acumular até 5 benefícios por mês, chegando a R$ 205,00 mensais.
Total de famílias beneficiadas por região
- Região Nordeste: são 7.096.461 de famílias atendidas
- Região Sudeste: 3.817.351 de famílias
- Região Norte: 1.796.776 de famílias
- Região Sul: 891.653 de famílias
- Região Centro-Oeste: 680.972 de famílias
- Total: 14.283.213 famílias cadastradas no programa Bolsa Família
Pagamento do Bolsa Família via Caixa Tem
Lembrando que a Caixa Econômica Federal vai iniciar o pagamento do benefício por meio do aplicativo Caixa Tem. Sendo assim, o banco abrirá uma conta social digital para todos inscritos no benefício.
Segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa, o público do benefício assistencial é mais sensível à questão das tecnologias. Por esse motivo, a conta digital para pagamento do Bolsa Família será oferecida “com tranquilidade”, disse ele.
Para isso, a Caixa confirmou que novas alterações no pagamento por meio do Caixa Tem vão acontecer somente para o grupo de brasileiros que ainda não possuíam conta bancária e que poderão continuar recebendo da forma tradicional. Além disso, caso preferira, poderá passar a movimentar o dinheiro por meio do aplicativo Caixa Tem.
A transição no pagamento por meio do Caixa Tem vai acontecer de maneira escalonada. Dessa Forma, essa medida vai alcançar pelo menos 9 milhões de beneficiários.
Os primeiros a receberem o Bolsa Família por meio do Caixa Tem foram os inscritos com NIS final 9 e 0, ainda em dezembro de 2020. Veja como vai acontecer
- Dezembro de 2020: no último mês do ano passado, a Caixa realizou o crédito do Bolsa Família em poupança social digital da Caixa para os beneficiários com NIS final 9 e 0;
- Janeiro de 2021: o crédito do Bolsa Família em poupança social digital da Caixa para os beneficiários com NIS final 6, 7 e 8;
- Fevereiro de 2021: crédito do Bolsa Família em poupança social digital da Caixa para os beneficiários com NIS final 3, 4 e 5;
- Março de 2021: crédito do Bolsa Família em poupança social digital da Caixa para os beneficiários com NIS 1, 2 e para Grupos Populacionais Tradicionais Específicos (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades tradicionais, agricultores familiares, assentados, acampados e pessoas em situação de rua).