Nos últimos meses, os brasileiros têm recebido boas notícias quando se trata do preço do seguro de automóveis. De acordo com o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), um estudo realizado pela TEx, os valores das apólices estão em queda, refletindo as variações nos preços dos veículos e outros fatores econômicos. Essa tendência tem sido observada há pelo menos 12 meses, trazendo alívio para os motoristas.
Neste artigo, vamos explorar os principais fatores que influenciam no preço do seguro automóvel e como eles impactam diferentes grupos de pessoas. Vamos analisar a diferença de preços entre homens e mulheres, o impacto do estado civil, a influência da região onde o motorista reside e como o tipo de veículo pode afetar o valor do seguro.
De acordo com o levantamento feito pela TEx, homens ainda pagam em média 12,5% a mais em seguros de automóveis do que mulheres. Essa diferença ocorre devido à maior chance de sinistralidade que os homens têm em relação às mulheres. Historicamente, os homens se envolvem em mais colisões, geram danos maiores e optam por veículos que são alvos de roubo e furto.
O Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) registrou uma queda de 6,3% nos preços para homens e 5,6% para mulheres este ano. Essa redução reflete a diminuição dos riscos associados aos sinistros e os esforços das seguradoras em ajustar os preços de acordo com os dados estatísticos.
O estado civil também pode influenciar no valor do seguro automóvel. Em julho, homens solteiros chegaram a pagar 63,5% a mais do que mulheres casadas. Por outro lado, homens casados pagaram 14,7% mais barato do que mulheres solteiras.
A probabilidade de ocorrência de sinistro é maior em solteiros, devido a uma média histórica de maior exposição ao risco. No entanto, ao analisar a relação entre gênero e estado civil, observamos que essa exposição ao risco é reduzida entre as mulheres, resultando em uma menor diferença nos valores de seguro entre solteiras e casadas.
A região onde o assegurado mora também pode impactar no valor do seguro automóvel. De acordo com o estudo da TEx, os consumidores que residem na região metropolitana do Rio de Janeiro pagaram em média 67,4% a mais em comparação àqueles que residem na região metropolitana de Belém.
Um exemplo mais específico é a diferença de preço entre a zona leste de São Paulo e a zona norte do Rio de Janeiro, que apresentaram um valor 87% mais caro comparado ao centro paulistano e à zona sul carioca. Essas discrepâncias refletem as estatísticas de sinistros e roubos em cada região.
A escolha do veículo também pode influenciar no valor do seguro automóvel. O ranking dos carros com maior número de cotações de seguros, de acordo com a Teleport, mostra que o Chevrolet Onix se manteve na liderança com 6,8% do volume total, seguido pelo Hyundai HB20 (4,9%) e pelo Jeep Renegade (3,0%).
Veículos mais caros ou que apresentam maior risco de sinistros tendem a ter um valor de seguro mais alto. No entanto, é importante ressaltar que outros fatores, como a idade do motorista, histórico de sinistros e local de estacionamento, também são considerados pelas seguradoras na hora de calcular o preço final da apólice.