Muitos brasileiros aguardam ansiosamente a chegada da Black Friday. Todos os anos, o comércio brasileiro promove grandes descontos em diversos setores, e os consumidores aproveitam para comprar produtos e contratar serviços a preços mais baixos que a média do mercado.
No entanto, nem sempre os descontos oferecidos são realmente vantajosos. Existe uma prática de muitas empresas de elevar os preços anteriormente e, em datas como a Black Friday, anunciar grandes reduções. O problema é que, na verdade, os valores apenas caíram para o patamar que já estavam há algum tempo.
Esses casos são chamados popularmente de “Black Fraude”. Aliás, os Procons estaduais ficam de olho em ações dessa natureza, visando proteger o consumidor de propaganda e práticas enganosas. Contudo, há algumas dicas que os brasileiros podem seguir para evitar cair em golpes dessa natureza.
Pesquise os preços com antecedência e confira sua variação
Uma das principais dicas dadas aos consumidores que querem reduzir as chances de cair em um golpe na Black Friday é fazer pesquisa de preços. Entretanto, a pesquisa não deve acontecer apenas no dia da compra ou alguns dias antes desse momento.
Em suma, o indicado é analisar meses antes os valores do item que a pessoa quer comprar. Dessa forma, quando chegar a Black Friday, o consumidor saberá bem se os descontos oferecidos pelas empresas são realmente vantajosos ou não passam de enganação.
Como muitos sabem, a Black Friday ocorre apenas no final de novembro, ou seja, faltam mais de dois meses para a data comemorativa. Esse período é muito importante para que as pessoas fiquem de olho nos preços dos itens que elas desejam adquirir.
De acordo com um levantamento realizado pela Méliuz, empresa de tecnologia conhecida por ofertar venda de produtos com cashback, 39,2% dos entrevistados fazem cotações de itens antecipadamente. Dessa forma, reduzem as chances de cair em golpes ou fraudes durante a Black Friday.
O percentual de entrevistados que adotam esse comportamento é semelhante ao registrado no ano passado (39,5%). Em síntese, o resultado mostra que os brasileiros estão modificando gradativamente os seus costumes, ficando mais atentos para pagarem realmente mais barato e fugirem da “Black Fraude”.
“Percebemos um consumidor com um ‘pé atrás’ e que quer garantir o melhor negócio para evitar a ‘Black Fraude’. Apenas 3% das pessoas começam a pesquisar os preços no dia da Black Friday“, informou Gabriel Loures, diretor de novos negócios da Méliuz, em entrevista ao InfoMoney.
Consumidores querem concretizar as compras
Em muitos casos, os consumidores pesquisam preços, fazem cotações, mas só decidem comprar se realmente acham que o valor do item é vantajoso. Por isso, nem sempre as compras são concretizadas.
No entanto, o levantamento da Méliuz revelou que a pesquisa antecipada realizada por muitos brasileiros acontece justamente porque estas pessoas estão dispostas a concretizar a compra. A dedicação em pesquisar preços se baseia na certeza que esses brasileiros têm em relação à finalização da compra.
“Cerca de 50% dos entrevistados querem comprar itens de desejo, como smartphones, eletrônicos, eletrodomésticos, que têm ticket médio mais alto e exigem uma certa preparação“, explicou Loures.
Como estes itens são mais caros, os consumidores dedicam mais tempo na busca por preços mais baixos. Em resumo, os descontos que podem conseguir com estes itens podem ser realmente elevados, já que os preços destes produtos são elevados.
Como a Black Friday surgiu?
Toda a preparação para a Black Friday acontece porque a data é comemorada todos os anos e sua principal característica são os descontos promovidos. Em meio a isso, os consumidores sabem que podem comprar itens caros por preços bem mais acessíveis, já que alguns descontos chegam a passar de 50% na data.
A propósito, a Black Friday acontece nos Estados Unidos no dia posterior ao feriado de Ação de Graças, e o varejo brasileiro importou a data para aquecer as vendas no país. A ideia deu tão certo que a data se tornou uma das mais importantes para o comércio varejista do país.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday é a quinta data mais importante para o varejo do país. Em resumo, ela fica atrás apenas das seguintes datas: Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.