O melhoramento seletivo, também conhecido como seleção artificial, é um processo utilizado pelo homem para desenvolver novos organismos com características desejáveis.
No cruzamento seletivo, um criador escolhe dois pais com características fenotípicas benéficas para se reproduzir, gerando descendentes com essas características desejadas.
A criação seletiva pode ser usada para produzir frutas e vegetais mais saborosos, safras com maior resistência a pragas e animais maiores que podem ser usados para carne.
O termo “seleção artificial” foi cunhado por Charles Darwin, mas a prática de reprodução seletiva antecede o estudioso em milhares de anos. Na verdade, a reprodução seletiva é uma das primeiras formas de biotecnologia e é responsável por muitas das plantas e animais que conhecemos hoje.
Um dos primeiros exemplos de criação seletiva é o cão doméstico (Canis familiaris), que os humanos criam há pelo menos 14.000 anos. 2
Os cientistas acreditam que o cão doméstico evoluiu do lobo cinzento selvagem (Canis lupus) e, por meio da seleção artificial, os humanos foram capazes de criar centenas de raças de cães diferentes. 3
À medida que as pessoas domesticaram e criaram cães ao longo do tempo, elas favoreceram traços específicos, como tamanho ou inteligência, para certas tarefas, como caçar, pastorear ou companhia. Como resultado, muitas raças de cães têm aparências muito diferentes. Pense no chihuahua e no dálmata – ambos são cães, mas compartilham poucos atributos físicos. Esse grau de diferença em uma única espécie é um fenômeno único no mundo animal.
A criação seletiva também é praticada na agricultura há milhares de anos. 1 Quase todas as frutas e vegetais consumidos hoje são produtos de seleção artificial.
Repolho, brócolis, couve-flor, couve de Bruxelas e couve são todos vegetais derivados da mesma planta, Brassica oleracea, também conhecida como repolho selvagem. Ao isolar plantas de repolho selvagem com características específicas, os agricultores puderam criar uma variedade de vegetais de uma única origem, cada um com diferentes sabores e texturas.
O brócolis, por exemplo, foi desenvolvido a partir de plantas de repolho selvagem que tiveram um desenvolvimento floral alargado, enquanto a couve foi derivada de Brassica oleracea com folhas maiores.
Milho, ou milho, é um produto incomum de reprodução seletiva. Ao contrário do arroz, do trigo e do repolho, que têm ancestrais claros, não existe planta selvagem que se pareça com o milho.
Os primeiros registros de milho indicam que a planta foi desenvolvida no sul do México há 6.000-10.000 anos a partir de uma grama chamada teosinto. Os cientistas acreditam que os primeiros agricultores selecionaram apenas os maiores e mais saborosos grãos de teosinto para o plantio, rejeitando os grãos mais finos.
Esse processo permitiu que os agricultores desenvolvessem o milho muito rapidamente, pois pequenas mudanças na composição genética da planta tinham efeitos dramáticos no sabor e no tamanho do grão. Apesar de suas diferenças físicas, teosinto e milho diferem apenas em cerca de cinco genes.
Hoje, o milho é um alimento básico nas dietas em todo o mundo. Na média dos anos de 2012 a 2017, 986 milhões de toneladas de milho foram produzidas a cada ano em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos, China e Brasil.
Sem a reprodução seletiva, muitas das plantas e animais da Terra hoje não existiriam. No entanto, existem algumas desvantagens da seleção artificial, especialmente no caso de consanguinidade.
Por meio da endogamia, dois organismos intimamente relacionados se reproduzem para produzir uma raça pura com as características desejadas.
No entanto, esses organismos também podem ter características indesejáveis ??devido a genes recessivos encontrados em ambos os pais. Portanto, cães de raça pura às vezes nascem com defeitos de saúde, como displasia de quadril, e têm expectativa de vida mais curta do que outros cães de raça mista.
E então, gostou de saber sobre o tema?
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