Em breve, o Pix deverá contar com uma novidade para chamar de sua. Segundo as informações do Banco Central (BC), o sistema preferido de transferência de renda dos brasileiros vai contar com a opção de pagamento por aproximação de celular. O objetivo é fazer com que a transação se torne ainda mais prática.
A informação em questão foi confirmada nesta terça-feira (11) pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, durante participação em um evento com empresários em São Paulo.
Como vai funcionar
De acordo com Campos Neto, o consumidor vai poder registrar uma chave Pix nas carteiras digitais, como é o caso da Google Play, por exemplo. Logo depois, ele vai poder usar o pagamento por aproximação da mesma maneira como ele já está acostumado a utilizar o sistema através do cartão de crédito, ou de débito.
“Percebemos que podemos fazer algo que pode ser muito rápido. Estamos fazendo uma associação com as carteiras, como Google Pay e Apple Pay, e ao invés de colocar cartão de crédito lá, pode apenas colocar Pix”, disse Campos Neto, durante evento Valor’s Emerging Tech Summit 2024.
“Estamos trabalhando nos acordos com as empresas das carteiras digitais”, disse o presidente do Banco Central ao ser questionado sobre a data em que a nova funcionalidade será liberada para os usuários brasileiros.
Vazamento do Pix
Também nesta terça-feira (11), o BC anunciou que milhares de brasileiros tiveram os seus dados vazados através de duas instituições financeiras que utilizam o Pix. Segundo o Banco Central, estas duas instituições de pagamentos foram:
- Iugu:
Houve vazamento de dados cadastrais vinculados a 19.849 chaves Pix: nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta, entre 21 e 27 de maio deste ano.
- Pagcerto:
Foram vazados dados cadastrais vinculados a 2.197 chaves PIX: nome completo, CPF com máscara, instituição de relacionamento, número da agência, número e tipo da conta, entre 23 e 24 de abril deste ano.
De acordo com as informações oficiais, agora já são 10 os casos de vazamentos de dados de clientes por instituições financeiras no Brasil. Todas elas envolvem o Pix, o sistema de pagamento em tempo real desenvolvido pelo Banco Central (BC), e que está em funcionamento desde novembro de 2020.
“As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, acrescentou o BC, em nota.
Todas as pessoas que tiveram os seus dados vazados serão informadoas do ocorrido nas próximas horas por meio do sistema de internet banking das suas instituições financeiras.
“Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail”, afirmou o Banco Central em nota.
Recorde no Pix
Mais de 206,8 milhões de transações do Pix foram realizadas na última sexta-feira (7). Trata-se de um recorde histórico. Nunca na história do Pix, tantas pessoas realizaram transações no decorrer de um único dia.
O valor das transações feitas na sexta-feira (7) também estabeleceu um novo recorde: R$ 90,9 bilhões. Nunca na história do Pix, tanto dinheiro foi transferido em um intervalo de 24 horas. O recorde anterior no número de transações era de 201,6 milhões, e foi alcançado em abril deste ano.
Quando se considera também os números da quinta-feira (6), é possível afirmar que pela primeira vez na história, o número de transações realizadas ultrapassou a marca das 400 milhões em um intervalo de 48 horas, o que indica que cada vez mais os brasileiros estão aderindo ao sistema.
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, diz o BC em nota.