A Batalha de Poitiers foi uma das principais batalhas de toda a Alta Idade Média e, talvez, de toda a Cristandade. Isso porque, ela foi responsável por impedir que os muçulmanos continuassem a sua invasão no continente europeu.
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A Batalha de Poitiers, também chamada de Batalha de Tours, aconteceu no ano de 732. O evento é de extrema importância, uma vez que foi responsável por colocar um fim à invasão Islâmica na Europa Ocidental, impedindo, assim, que os muçulmanos dominassem mais regiões do continente.
O conflito envolveu os Francos, liderados por Carlos Martel, e, de outro lado, os Muçulmanos, liderados por Abderramão.
A batalha durou uma semana e recebeu esse nome porque ocorreu na cidade de Poitiers, na atual França.
Os muçulmanos que viviam no Emirado de Córdoba (território que hoje pertence à Espanha), região que havia sido dominada pelo Império Islâmico no ano de 711, decidiram avançar para Europa Ocidental, com o objetivo disseminar os seus costumes, conquistar mais territórios e consolidar a Jihad.
Antes mesmo da Batalha, os muçulmanos já haviam conquistado importantes territórios do Reino dos Francos, como as cidades de Vienne, Lyon, Viviers, Bourdeaux, Avignon e Valence. Assim, pode-se afirmar que, se não fosse pela Batalha de Poitiers, a Europa Ocidental teria se tornado parte do Império Islâmico.
Os muçulmanos foram derrotados quando surpreendidos pelo exército de Carlos Martel, que, apesar de possuir menos soldados, possuía inovadores e diferentes tipos de armas.
As falanges, uma formação retangular típica da infantaria grega antiga, eram formadas pelo exército de Carlos com escudos, machados, punhais e lanças e aguardavam as tropas de Abderramão na cidade de Poitiers, no Reino dos Francos. Quando os muçulmanos chegaram, uma sangrenta batalha teve início.
A derrota dos muçulmanos ocorreu uma semana depois do início dos embates e foi oficialmente atestada com a morte do líder Abderramão. Os soldados de seu exército, então, se retiraram e voltaram para os seus territórios na Península Ibérica, em que exerciam significativo domínio.
A partir do fim dessa batalha tão significativa, Carlos, o rei dos Francos, receberia o apelido de Martel, que significava “aquele que golpeia com um martelo”.