Nesta terça-feira, 11 de agosto, o Banco Central afirmou que a economia brasileira deve se recuperar parcialmente, embora haja pouca previsibilidade sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus até o fim de 2020. O BC também citou incerteza sobre como a economia brasileira se comportará após a redução e fim do auxílio emergencial do governo.
A informação apareceu na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que cortou da taxa básica de juros, a Selic, de 2,25% para 2%. O valor faz, por exemplo, a poupança render abaixo do valor da inflação.
“Os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, afirma a ata.
Esse cenário com tantas incertezas pode fazer com que a economia retome ao seu ritmo normal ainda mais lentamente. Os fatores variáveis são o aumento ou diminuição e fim da pandemia e a diminuição do auxílio emergencial, que está diretamente ligado à recuperação da atividade econômica.
Ainda de acordo com a ata, o setor de serviços deve continuar a ser o mais afetado durante a pandemia do novo coronavírus. A projeção de queda do PIB para 2020 é de 4,7%.