O Banco Central do Brasil (BCB) informa que foram revistas análises de projeções para 2021 e para 2022, confira alguns pontos relevantes para a economia nacional.
Conforme informa o Banco Central do Brasil (BCB), o declínio esperado na agropecuária em 2021 resulta, em especial, de estimativas de quedas na produção em culturas com participação elevada no setor, como milho, cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, decorrentes primordialmente de problemas climáticos, não compensadas inteiramente pela safra recorde de soja.
Sendo assim, a previsão de recuo no abate de bovinos, influenciada pelo consumo doméstico deprimido e, mais recentemente, pela suspensão das exportações de carne bovina para China, contribui adicionalmente para a perspectiva de retração da agropecuária neste ano.
Na indústria, a previsão de crescimento recuou de 4,7% para 4,1%, com piora nas projeções para a indústria de transformação e para a produção e distribuição de eletricidade, gás e água, parcialmente compensada por melhora no prognóstico de crescimento da construção. A indústria de transformação segue afetada por dificuldades nas cadeias de suprimentos e por preços de insumos elevados, detalha a instituição.
Do ponto de vista da demanda, o retorno gradual ao padrão de consumo do período pré-pandemia – com elevação da participação de serviços em detrimento de bens – e a massa de rendimento do trabalho ainda bastante deprimida – combinação de nível de emprego ainda abaixo do pré-pandemia e rendimento negativamente impactado pela intensa e rápida surpresa inflacionária – contribuem para a piora nos prognósticos para o setor.
Além disso, a alta na projeção para a construção reflete, em grande medida, a revisão da série histórica e a surpresa positiva observada no resultado do terceiro trimestre, apesar da persistência de restrições na cadeia de suprimentos e de preços elevados de insumos, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
A projeção para o setor de serviços em 2021 recuou de 4,7% para 4,6%. Apesar da relativa estabilidade na previsão agregada para o setor, houve alterações relevantes nos componentes.
De um lado, destacam-se as altas nos prognósticos para administração, saúde e educação públicas; outros serviços; e transporte, armazenagem e correio, atividades que continuam se beneficiando da recuperação da mobilidade e das interações presenciais.
Em sentido oposto, repercutindo resultados piores do que os esperados no terceiro trimestre, houve reduções nas previsões para intermediação financeira e serviços relacionados e em atividades imobiliárias e aluguel.
A previsão para o crescimento do comércio, que possui correlação positiva com o desempenho industrial, também foi reduzida, informa o Banco Central do Brasil em documento oficial, divulgado em sua plataforma.