Economia

Banco Central divulga dados relevantes sobre o setor de crédito e agregados monetários

No mês de julho, foram divulgados os dados mais recentes sobre o setor de crédito e os agregados monetários no Brasil. Confira as principais tendências e movimentos deste mercado crucial para a economia do país.

Banco Central divulga dados relevantes sobre o setor de crédito e agregados monetários

Acompanhando as informações divulgadas, observamos que houve um ajuste nas taxas de crédito, variações nos saldos das operações de crédito e nas modalidades de empréstimos, além de mudanças nos agregados monetários. Assim, vamos explorar esses números em detalhes.

Crédito ampliado ao setor não financeiro

Em julho, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro ficou em R$15,2 trilhões, equivalente a 146,2% do PIB. Houve uma pequena redução de 0,5% em relação ao mês anterior. Desse modo, essa variação foi influenciada principalmente pela queda de 2,1% no saldo da dívida externa, que por sua vez foi associada à apreciação cambial de 1,6%. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o crescimento em doze meses foi de 7,0%, em comparação a 7,8% registrado em junho.

Crédito ampliado a empresas e famílias

O crédito ampliado concedido a empresas totalizou R$5,2 trilhões, representando 49,9% do PIB. Houve uma redução de 0,8% no mês, principalmente devido à queda de 2,0% na dívida externa. No entanto, em comparação com julho do ano anterior, houve uma expansão notável de 6,2%, impulsionada pelo aumento de 24,7% em títulos de dívida.

Já quanto ao crédito ampliado concedido às famílias, o montante alcançou R$3,6 trilhões em julho, um aumento de 0,4% no mês e um crescimento significativo de 11,3% em doze meses. Isso foi resultado do aumento nos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

SFN: operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional

O saldo das operações de crédito do SFN chegou a R$5,4 trilhões em julho, com uma redução mensal de 0,2%. Essa variação foi influenciada pela diminuição de 1,1% nas operações de crédito com pessoas jurídicas.

Enquanto as operações com pessoas físicas aumentaram 0,4%. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o saldo das operações de crédito do SFN aumentou 8,2%.

Taxas de juros e inadimplência

As taxas médias de juros tiveram variações notáveis. No crédito livre, a taxa média de juros para operações contratadas com pessoas jurídicas foi de 23,3%, com um aumento de 0,3 p.p. em relação ao mês anterior e uma redução de 0,1 p.p. em relação ao mesmo período de 2022. Já para as operações de crédito livre com pessoas físicas, a taxa média de juros diminuiu 0,6 p.p. no mês e aumentou 5,1 p.p. em doze meses, atingindo 58,5%.

Quanto à inadimplência, observou-se uma estabilidade no crédito total do SFN, situando-se em 3,6%.
Conforme informações oficiais, no crédito livre, a inadimplência alcançou 5,0% em julho, com um aumento mensal de 0,1 p.p. Para as operações com pessoas jurídicas, a inadimplência atingiu 3,3%, enquanto para as operações com pessoas físicas, a inadimplência diminuiu para 6,2%.

Banco Central divulga dados relevantes sobre o setor de crédito e agregados monetários. Imagem: Canva

Agregados monetários

Os agregados monetários também apresentaram movimentos interessantes. A base monetária teve uma redução de 2% no mês, enquanto o M1 (meios de pagamento restritos) cresceu 4,8%, impulsionado pelo aumento de papel-moeda em circulação e depósitos à vista.

Desse modo, o M2 cresceu 1,2%, refletindo o aumento no saldo de títulos emitidos por instituições financeiras. Em suma, o M3 e o M4 também registraram variações positivas de 1,3% e 0,8% no mês, respectivamente, segundo informa o Banco Central.

Informações relevantes para a economia

Em suma, a análise dos dados do setor de crédito e dos agregados monetários em julho mostra uma série de movimentos que refletem as dinâmicas econômicas do país.

De forma geral, é muito importante acompanhar os dados oficiais do Banco Central do Brasil, considerando que tais dados impactam o fluxo de oferta e demanda e a inflação, impactando diretamente a rotina de consumo do cidadão. Portanto, acompanhe os dados oficiais do Banco Central do Brasil e de outros órgãos relevantes no cenário econômico atual.