De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), o Banco Central conta com nada menos que 700 servidores em condições de aposentar. Aliado a isso, o quadro de servidores tem uma defasagem de 36%, o que pode totalizar mais de 3 mil vacâncias no órgão. Lembrando que o pedido de autorização do concurso, feito no primeiro semestre deste ano, foi rejeitado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). As informações são da Folha Dirigida.
Em agosto de 2016, o Banco divulgou dados sobre o seu déficit de servidores. De acordo com a divulgação (veja abaixo), o déficit é de 2.357 servidores, entre analistas, técnicos e procuradores, o que equivale a 36% da previsão legal, que é de 6.470. O presidente do Sindicato, Daro Piffer, alertou para a desestruturação dos órgãos de regulação do país, caso do Banco Central. “Esses órgãos sofrem há anos com a alta defasagem em seus quadros. O governo nos tem deixado de lado e beneficiado apenas setores de arrecadação”, criticou.
O cargo de técnico, com requisito de nível médio, tem remuneração inicial de R$6.463,44 (incluindo o auxílio-alimentação, de R$458). Já para nível superior em qualquer área (analista), os salários chegam a R$16.286,90. Já para Procurador, os iniciais do cargo chegam a R$17.788,33.
O último concurso do Banco Central (Concurso do Bacen) teve sua validade encerrada no fim do ano passado. O Ministério do Planejamento autorizou a nomeação de aprovados no cadastro de reserva, mas ainda há um saldo negativo de pelo menos 2 mil funcionários. A situação torna o novo concurso do Bacen para 2016/2017 inevitável.