Em fase de escolha da banca, este pode ser um dos motivos que o edital do concurso unificado ainda não foi liberado, o questionamento das bancas organizadoras sobre o projeto básico do Enem dos Concursos.
Afinal, o que está errado de acordo com as empresas? Confira todos os detalhes a seguir.
O andamento do Concurso Nacional Unificado (CNU) enfrenta obstáculos, especialmente relacionados ao projeto básico do concurso, podendo impactar o cronograma do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), uma das bancas convidadas, levantou dúvidas sobre o termo de referência, indicando a necessidade de informações adicionais. O aguardo por respostas do governo adiciona incertezas ao processo de contratação da banca organizadora.
Apesar dos desafios, apenas cinco bancas organizadoras continuam na disputa: Cebraspe, FGV, Cesgranrio, Iades e IBFC. A definição da banca organizadora, crucial para o andamento do “Enem dos Concursos”, está programada para este mês de novembro.
Conforme o regulamento do Concurso Unificado, a contratação da banca organizadora deve ocorrer até 22 de novembro. Este prazo estabelece as bases para a publicação do edital, a aplicação das provas e a organização do evento, que promete ser um marco nos concursos públicos.
O CNU seguirá o formato do Enem, apresentando uma prova única de conhecimento para todos os cargos. Após essa etapa, os candidatos terão a oportunidade de concorrer dentro de blocos temáticos, ampliando as possibilidades de escolha.
Com uma oferta total de 6.640 vagas em níveis médio e superior, o Concurso Unificado atraiu a participação de mais de 20 órgãos públicos. A primeira edição promete ser abrangente e desafiadora, marcando uma nova era nos concursos públicos no país.
A inovação vai além: dentro do bloco temático escolhido, os candidatos poderão listar, por ordem de prioridade, as carreiras desejadas. Isso possibilita a participação em mais de um processo seletivo, pagando apenas uma taxa de inscrição, desde que os requisitos necessários sejam atendidos.
Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação do Governo Federal, revela uma mudança significativa na abordagem das provas do Concurso Nacional Unificado. Em entrevista à Folha de São Paulo, Pojo destaca a intenção de reduzir o foco na memorização e “decoreba” de conteúdos.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos busca captar habilidades diversas dos candidatos, com ênfase na capacidade analítica. Pojo enfatiza que a alteração visa avaliar aspectos mais abrangentes, indo além do conhecimento específico de leis, muitas vezes não diretamente aplicado no cotidiano de trabalho.
Essas mudanças do concurso unificado visam ampliar a diversidade entre os candidatos, reconhecendo que o formato tradicional pode favorecer quem tem tempo integral para dedicar aos estudos. Pojo destaca a importância de evitar uma competição desleal entre aqueles que podem se dedicar exclusivamente aos concursos e aqueles que precisam equilibrar o estudo com outras responsabilidades.
O Concurso Nacional Unificado surge não apenas como uma oportunidade de ingresso no serviço público, mas como um agente de mudança no cenário dos concursos, promovendo equidade e valorizando habilidades essenciais para o serviço público
Os órgãos que vão participar do concurso unificado são: