Baixa Idade Média: as Corporações de Ofício
As Corporações de Ofício: um resumo
As Corporações de Ofício foram organizações criadas na Baixa Idade Média por artesãos e comerciantes.
O assunto é cobrado com uma certa frequência por questões de história geral das mais variadas provas do Brasil, com um destaque especial para os vestibulares.
As Corporações de Ofício: Definição
As Corporações de Ofício, também chamadas de guildas ou de mesteirais, foram associações que surgiram na Baixa Idade Média, a partir do século XII, com o objetivo de regulamentar as diversas atividades econômicas desenvolvidas e o processo produtivo artesanal das recém-formadas cidades.
Essas corporações formavam grupos de indivíduos que possuíam os mesmos interesses econômicos, religiosos ou políticos. Quando eram religiosas, as associações promoviam cultos ao santo protetor para que os profissionais fossem protegidos e pudessem lucrar com suas atividades.
Se possuíssem fins econômicos, o tipo mais comum de corporação na época, as organizações garantiriam o monopólio sobre determinadas atividades, impedindo que a concorrência abalasse o lucro dos profissionais.
Por fim, se possuíssem fins políticos, as corporações reuniriam artesãos que possuíssem determinado poder sobre a política local e os grandes mercadores.
As Corporações de Ofício: Contexto Histórico
Na Baixa Idade Média, o chamado Renascimento Comercial e Urbano, foi responsável por promover o desenvolvimento das atividades comerciais, o surgimento das primeiras cidades (burgos) e o surgimento da burguesia. Dessa forma, os excedentes da produção passaram a ser comercializados e alguns trabalhadores deixaram de trabalhar somente nas atividades agrícolas, se tornando artesãos.
Porém, a partir do século XII, os trabalhadores de diversas áreas perceberam que se continuassem trabalhando de forma isolada, os lucros seriam cada vez menores.
Dessa forma, artesãos que trabalhavam com o mesmo nicho resolveram formar grupos que pudessem controlar a atividade em determinada região, potencializando os seus lucros e evitando qualquer forma de concorrência. Esses grupos ficaram conhecidos como Corporações de Ofício.
As Corporações de Ofício: Características
As normas das associações eram aplicadas em cidades de tamanho médio, ou seja, com mais de 10 mil habitantes, e que possuíam uma certa quantidade de profissionais/artesãos que desenvolviam mesma atividade. Esses profissionais poderiam, em conjunto, determinar qual seria a qualidade e o preço dos produtos produzidos. Uma vez determinadas, as diretrizes deveriam ser seguidas por todos os membros.
As Corporações de Ofício: Hierarquia
É válido ressaltar também que as corporações de ofício desenvolveram um sistema de aprendizado. Cada ofício era ensinado e realizado através de uma rígida hierarquia. No primeiro lugar estavam os experientes, ou seja, os mestres. Depois deles vinham os oficiais e, por último, os aprendizes, ou seja, aqueles que ainda não dominavam completamente a produção da atividade.
Aquele que estivesse interessado em entrar na corporação iniciaria como como aprendiz. Esse indivíduo não receberia salário e moraria com o seu mestre para aprender o ofício. O processo poderia durar até mesmo 12 anos e só então o aprendiz poderia alcançar o status de oficial.
Igualmente, aqueles denominados de oficiais trabalhariam por um certo período de tempo até chegarem ao status de mestre. Devemos destacar, porém, que era muito difícil atingir o nível de mestre, uma vez que quem atingia essa categoria conquistaria uma excelente posição econômica e social.