Bahia e Pernambuco são as duas unidades da federação com as maiores taxas de desemprego do primeiro trimestre deste ano. Os baianos estão um pouco à frente dos pernambucanos, com 17,6% de pessoas desempregadas. Já os pernambucanos, somam 17%, ou seja, apenas alguns décimos atrás.
A taxa de desemprego também é alta em outros estados. O Rio de Janeiro, por exemplo, aparece na terceira posição com uma margem de 14,9%. Por outro lado, Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e o Mato Grosso do Sul (6,5%) registraram as menores taxas do último trimestre no Brasil.
No geral, especialistas apontam para um cenário de estabilidade. Assim, é possível afirmar que o desemprego no país nem recuou e nem aumentou no primeiro trimestre deste ano. Não de trata de uma boa notícia, já que no geral a taxa de desemprego segue em patamares elevados. Os 11,1% são maiores que os dados vistos em anos anteriores.
O levantamento foi divulgado na manhã desta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tomou como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. O Palácio do Planalto não comentou os números ainda. Os governos estaduais da Bahia e de Pernambuco também não.
O cenário de estabilidade pode ser percebido em 26 das 27 unidades da federação do país. Apenas um estado registrou uma queda significativa do desemprego. Trata-se do Amapá. Segundo dados do IBGE, o estado do norte teve uma taxa de 14,2% no primeiro trimestre. Uma redução de 3.3% em relação aos números vistos no quarto trimestre do ano passado.
Abaixo, você pode conferir a situação da taxa de desemprego do seu estado no primeiro trimestre deste ano de 2022.
Ainda de acordo com dados do IBGE, o número de pessoas ocupadas ficou na casa dos 95,3 milhões no primeiro trimestre. Destes, 67,1% estão empregados, 4,3% são empregadores, 26,5% trabalham por conta própria e 2% são trabalhadores familiares auxiliares.
Os novos números do desemprego jogam um sinal de alerta sobre o Governo Federal por causa do Auxílio Emergencial. O programa, que atendeu quase 70 milhões de pessoas, chegou ao fim ainda no último mês de outubro do ano passado.
Na ocasião, o Ministério da Cidadania apontou que pouco mais de 20 milhões de brasileiros que estavam no Auxílio Emergencial ficariam sem nenhum outro benefício depois do fim do programa. No entanto, o Governo Federal garantiu que a situação do desemprego melhoria em breve.
O Governo teme que os novos dados de estabilidade no sistema do desemprego possam fazer com que a pressão popular pelo retorno do Auxílio Emergencial aumente nas próximas semanas, visto que parte da população não tem nem emprego e nem faz parte de nenhum programa social.