Bruno Funchal, secretário do Tesouro Nacional, afirmou na última sexta-feira que a agilidade da vacinação em massa no Brasil pode ser capaz de evitar a necessidade de prorrogar o auxílio emergencial mais uma vez. Até agora, o governo pretende pagar quatro parcelas da nova rodada do programa.
“Os focos eram viabilizar o auxílio emergencial e a vacina. Acreditamos que, andando nessas duas direções, naturalmente as coisas vão acabar voltando à normalidade de forma mais rápida. Não sabemos quando isso vai acontecer, mas depende da aceleração da vacinação”, afirmou Funchal em videoconferência com a XP Investimentos.
Funchal relembrou ainda que o governo está tomando outras medidas, como antecipar o 13º salário de aposentados e pensionistas, além das prováveis prorrogações do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm).
“O Pronampe entra na discussão do orçamento na próxima semana. Levamos em consideração que recursos do orçamento vão viabilizar esses programas. Medida fiscal extra não. O que tem extrateto são os R$ 44 bilhões do auxílio emergencial e os R$ 36 bilhões de crédito extraordinário para Saúde e vacinas”, explicou o secretário.
Funchal acredita ainda que a aprovação da PEC Emergencial, que abriu espaço para a nova rodada do auxílio, foi positiva para o governo. Ele elogiou as contrapartidas fiscais preservadas no texto. “Fiquei bastante satisfeito com o resultado. Claro que a consolidação fiscal é um processo, e esse é mais um passo importante na direção correta. Um avanço no nosso processo de reorganização e melhoria das regras fiscais. Mesmo com a PEC sofrendo algumas simplificações ao longo do processo, ela ainda é bastante significativa”, disse. Ele afirmou que a PEC foi essencial para tornar a nova rodada do auxílio emergencial possível e, por isso, precisava de contrapartidas fiscais.