Ao menos sete estados e o Distrito Federal pagam valores mensais maiores do que o Governo Federal quando o assunto é o Auxílio Emergencial. Pelo menos é isso o que revelam os dados oficiais dos próprios Governos estaduais nestas últimas semanas.
De acordo com esses dados, sete estados pagam parcelas maiores do que o Auxílio do Governo Federal. São eles: Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, há ainda o caso do Distrito Federal. Então são portanto oito unidades da federação.
Aqui não se considera o valor total de pagamentos e sim o valor das parcelas. No caso do Auxílio do Governo Federal, os valores do Auxílio este ano variam entre R$ 150 e R$ 375. Só que de acordo com o Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo Auxílio, a maioria das pessoas recebe mesmo valor menor.
Além dessas oito unidades da Federação que pagam auxílios mensais maiores, três capitais também cumprem esse papel. Salvador, São Luís e Belém pagam parcelas maiores do que as que estamos vendo nos pagamentos do Governo Federal. Seja como for, existem particularidades em cada caso.
Em Belém, por exemplo, o auxílio é de R$ 450, mas é uma parcela única. Na versão do Governo Federal, quem receber as quatro parcelas vai ganhar no mínimo R$ 600. No caso de Salvador, no entanto, a figura muda. É que a cidade está pagando o seu auxílio próprio desde o início do ano passado.
De acordo com um levantamento do Portal 360º, sete unidades da Federação permitem o acúmulo de benefícios. Isso quer dizer que esses estados permitem que uma pessoa que ganha o Auxílio Emergencial do Governo Federal ganhe também a versão estadual do benefício.
Ao mesmo passo, isso quer dizer que outros nove estados não permitem esse acúmulo. Nesses casos, se uma pessoa passou pela aprovação no Auxílio do Planalto, ela deixa automaticamente de ser elegível para o Auxílio Emergencial do Governo do Estado.
Além disso, o levantamento mostra ainda que oito estados e seis capitais utilizam a base de dados do Cadúnico. Para quem não sabe, isso é uma espécie de cadastro nacional de pessoas em situação de vulnerabilidade. É por lá que boa parte dos governos se baseiam para pagar benefícios sociais como é o caso do Auxílio Emergencial.
Quem não gosta nada dessa história de auxílio estadual e municipal é o Presidente Jair Bolsonaro. Em entrevistas recentes, ele vem repetindo que é contra esses pagamentos. Como argumento, ele afirma que essas bolsas podem transformar as pessoas em “dependentes do estado”.
Mas o próprio Governo Federal tem um auxílio para chamar de seu. Os pagamentos, aliás, começaram no último dia 6 de abril. De lá para cá vários grupos de trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família receberam a quantia que equivale a primeira parcela.
De acordo com o Governo Federal, esses pagamentos deverão seguir pelos próximos três meses. Entretanto, mesmo quando esse Auxílio acabar, o Governo quer manter as pessoas com um auxílio do Bolsa Família. A ideia do Planalto é deixar o programa com um valor maior e receba mais beneficiários.