O Ministério da Cidadania, pasta que controla os pagamentos do Auxílio Brasil, anunciou nesta terça-feira (4), que nenhum cidadão brasileiro em situação de vulnerabilidade social está deixando de receber o benefício. Quem deu a informação foi o Ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, em entrevista coletiva.
“Não temos nenhuma família regularmente cadastrada no Cadúnico pleiteando o Auxílio Brasil, atendendo às condições, fora dessa rede de acolhimento e proteção”, disse o chefe da pasta da Cidadania. O Ministro argumentou que não existe mais fila de espera para entrada no programa social atualmente.
“Caminhamos mais uma vez para zerar a fila, outro legado que o Auxílio Brasil chega para deixar. Hoje, temos 100% da população brasileira em situação de vulnerabilidade social na faixa da pobreza extrema recebendo o Auxílio Brasil”, disse Ronaldo Vieira Bento, citando os dados mais recentes do programa.
Em setembro, o Auxílio Brasil do Governo Federal atendeu pouco mais de 20,65 milhões de pessoas de todo o país. A expectativa para outubro, é de que este número cresça e atinja a marca dos 21,3 milhões de brasileiros nas próximas semanas. As liberações devem começar no próximo dia 11 e seguirão até o dia 25.
Na entrevista em que cita estes dados, o Ministro da Cidadania não falou sobre a situação das pessoas que não conseguem entrar no Cadúnico. Hoje, estima-se que exista uma parcela da população que não consegue receber o Auxílio Brasil porque não são aceitas nesta lista.
Existe o caso, por exemplo, dos moradores de rua. Sem documentos, muitos deles não conseguem entrar no Cadúnico, e consequentemente não podem ter uma chance de entrar no Auxílio Brasil ou em qualquer outro programa social. São cidadãos que estão em situação de vulnerabilidade, mas que ainda assim não conseguem receber nada.
Nesta mesma coletiva, o Ministro respondeu as críticas de que o Governo Federal estaria oferecendo uma série de vantagens às vésperas das eleições presidenciais com o intuito de conseguir votos. Segundo ele, o único interesse do poder executivo é ajudar os mais pobres.
“A variável política nunca entrou na equação do Auxílio Brasil”, disse. “Nós víamos a necessidade de fazer essas mudanças de forma estrutural no programa de transferência de renda, justamente porque identificamos essas disfunções. A gente não poderia ficar de braços cruzados, sabendo o que fazer e como fazer, limitado pelo período eleitoral”, disse ele.
“Por que não iríamos ajudar a população pobre do país em período eleitoral? Estamos saindo da pandemia e em momento de guerra. Quem tem fome, quem precisa de proteção social não pode esperar”, acrescentou ele.
O Ministro da Cidadania também confirmou a antecipação do calendário de pagamentos do programa social. De acordo com ele, os repasses acontecerão a partir do dia 11, e não mais do dia 18 como estava previsto incialmente. Veja abaixo:
11 de outubro: Usuários com NIS final 1
13 de outubro: Usuários com NIS final 2
14 de outubro: Usuários com NIS final 3
17 de outubro: Usuários com NIS final 4
18 de outubro: Usuários com NIS final 5
19 de outubro: Usuários com NIS final 6
20 de outubro: Usuários com NIS final 7
21 de outubro: Usuários com NIS final 8
24 de outubro: Usuários com NIS final 9
25 de outubro: Usuários com NIS final 0