No estado do Acre, por exemplo, o Auxílio Gás do Governo Federal chegou a 50,4 mil famílias durante o mês de abril. Isto é, de acordo com dados do Ministério da Cidadania, pasta responsável pela coordenação do benefício.
Assim, a quantia deste mês foi de R$ 51, ou seja, R$ 1 abaixo do valor do mês de fevereiro. Nesse sentido, o montante totaliza o repasse de cerca de R$ 2,6 milhões em todo o estado.
Veja, também, dados de abril sobre o benefício em todo o país.
Além disso, somente na capital, Rio Branco, foram 12.052 cotas do benefício assistencial, com a transferência de mais de R$ 614,6 mil. Na segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul, 7.187 famílias tiveram acesso aos valores do benefício, totalizando cerca de R$ 366 mil.
Ademais, é importante lembrar que na capital do estado, o preço médio do botijão de gás de 13 kg é de R$ 129, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O estudo ocorreu entre os dias 17 a 23 de abril.
Contudo, segundo pesquisa recente, em localidades do interior do estado, o produto pode chegar a R$ 145. Desse modo, o valor de R$ 51 do auxílio chega a representar somente 35% do preço do gás de cozinha nas cidades do interior.
Além da redução de R$ 1 no valor total para os participantes do programa, o número de beneficiários também diminui em relação ao mês de janeiro deste ano. Isto é, primeiro mês em que o benefício o Governo Federal disponibilizou estes valores. Na época, portanto, 51.121 famílias tiveram acesso ao programa.
“Para receber, as famílias fazem o cadastro no CadÚnico e à medida que o governo federal tem orçamento ele vai contemplando essas pessoas. Então, onde tem mais famílias pobres, eles vão tendo maior número de contemplação. O governo está contemplando primeiro quem tem maior número de pessoas na composição familiar, menor renda, mulheres vítimas de violência. Isso porque não tem orçamento para atender a todos”, detalhou Lidiane Moreno, coordenadora estadual do programa Auxílio Brasil.
No estado do Acre, cerca de 160.644 famílias se encontram devidamente inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico). Este, então, é o principal banco de dados para identificação e seleção dos participantes de diversos programas sociais em vigor em todo o Brasil.
De acordo com dados do Ministério da Cidadania, em todo o território do estado existem 109.218 famílias que se encontram em situação de extrema pobreza. Ademais, outras 12.484 estão em situação de pobreza e 20.983 são famílias de baixa renda.
Para este ano de 2022, o pagamento do Auxílio Gás do Governo federal ocorre a cada dois meses a seus beneficiários, de acordo com o dígito final do Número de Identificação Social (NIS) de cada participante.
De acordo com o Ministério da Cidadania, estão aptas a participarem do Auxílio Gás famílias que se enquadrem nos seguintes critérios:
Além disso, a lei que regulamenta o benefício também estabelece que a cota do programa chegue de maneira preferencial a mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob alguma medida protetiva.
A razão da alta recente de seu preço, o gás de cozinha continua influenciando muito no orçamento de diversas famílias brasileiras, principalmente as mais vulneráveis economicamente. Assim, segundo a ANP, durante a última semana, o preço médio do botijão de 13 kg do produto no país foi de R$ 113,24.
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O valor já é 3,6% superior ao preço do mês de março, ou seja, de R$ 109,31, mesmo após anúncio da Petrobras sobre diminuição no preço do gás.
Nesse sentido, no último dia 08 de abril, a estatal divulgou uma redução de 5,58% no preço do produto. De acordo com especialistas do setor, a mudança ainda deve demorar um tempo para chegar ao bolso dos consumidores.
Com o valor atual, o gás de cozinha já impacta 9,4% do valor do salário mínimo de R$ 1.212.
A última vez em que se identificou uma proporção tão alta entre o salário mínimo e preço do gás de cozinha ocorreu no ano de 2007, quando o salário mínimo era de R$ 380.
Desde aquele momento, além da valorização real do salário mínimo, também ocorreu o congelamento do preço do produto, que vigorou até o ano de 2014.
No entanto, a situação se agravou, principalmente no ano de 2017, quando o salário mínimo deixou de ter um amento real. Isto é, apenas sendo corrigido pelo índice da inflação, de forma a manter o poder de compra do cidadão brasileiro.
Neste mesmo ano os derivados do petróleo passaram a se reajustarem frequentemente pela Petrobras.
Então, desde janeiro de 2019, o gás de cozinha já alcançou uma alta de 63,5%.
Para amenizar o impacto da alta do produto no orçamento familiar dos cidadãos brasileiros, o Governo Federal criou o Auxílio Gás.
Por meio do programa, as famílias recebem o valor de 50% do preço médio do produto a cada dois meses.
Nesse sentido, o valor atual do benefício pago neste mês de abril foi de R$ 51. No entanto este corresponde a somente 44,5% do valor médio do preço atual do produto.
Ainda assim, considerando que o uso de outros meios para cozinhar vem aumentando, é importante facilitar a compra do gás de cozinha. Isto é, visto que este é uma forma mais segura, quando em comparação a outras alternativas como o álcool, por exemplo.
Inclusive, este uso de outros tipos de produtos vem causando acidentes e até mesmo fatalidades em famílias mais pobres.
Assim, é importante que aquele cidadão que se encontra em situação de vulnerabilidade procure pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de sua cidade. Lá será possível se inscrever no Cadastro Único e ter acesso a outras políticas públicas importantes.