Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o plano do governo para o auxílio emergencial é encerrá-lo em dezembro deste ano, com retorno ao Bolsa Família como programa de transferência de renda.
“A resposta hoje, se você perguntar assim, qual o plano para o auxílio emergencial? Remoção gradual… acaba o auxílio emergencial. Que já foi 600, caiu pra 300 e ele acaba, nós voltamos para o Bolsa Família”, disse Guedes durante um evento online organizado pela Abras.
O ministro informou que esse é o plano A, tendo em vista que o surto de coronavírus está diminuindo no país e a economia, reagindo. De acordo com o cronograma de pagamento do auxílio emergencial, a última parcela será paga em 31 de dezembro.
Ainda, durante a sua participação, Guedes afirmou que, caso haja uma segunda onda de coronavírus chegue no país, o auxílio deverá ser mantido e um novo estado de calamidade pública será decretado.
Entretanto, o ministro afirmou que o gasto do governo será menor em um novo enfrentamento ao vírus, ficando por volta de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 10% do PIB neste ano.
“Nossa hipótese de trabalho é ir retirando os estímulos, é o que estamos fazendo, era 600 (reais), baixa para 300, depois aterrissa ali na frente ou numa versão do Renda Brasil, de renda básica, ou no próprio Bolsa Família que existia antes”, disse.
A Caixa Econômica Federal (CEF) finalizou o pagamento do auxílio emergencial nesta terça-feira (29). O pagamento de hoje foi realizado para os beneficiários que nasceram em dezembro. Um total de 3,2 milhões receberam.
O auxílio emergencial começou a ser pago em abril para trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados que não recebem o seguro-desemprego. Ao todo, 68 milhões de cidadãos receberam o pagamento. Não há nenhuma previsão de nova prorrogação do programa, substituto do Bolsa Família ou novo programa social do governo até agora.
O Ministério da Cidadania divulgou que ano que vem serão feitos pagamentos apenas resultantes de contestações administrativas e extrajudiciais, além de decisões judiciais. Com o fim do auxílio, 48 milhões de brasileiros ficarão sem ajuda do governo.
Parlamentares em Brasília defendem que o auxílio emergencial seja prorrogado até os dois ou três primeiros meses de 2021. Para isso, os parlamentares defendem que o estado de calamidade pública seja ampliado. O estado de calamidade pública chega ao fim dia 31 de dezembro de 2021; o ministro da Economia Paulo Guedes reafirmou que o auxílio emergencial chega ao fim em dezembro.