O Auxílio Emergencial irá se encerrar com o pagamento da sétima parcela, ou seja, a que está sendo depositada atualmente. Nesse sentido, desde o dia 18 de outubro, última segunda-feira, os participantes que se inscreveram pelo Bolsa Família já começaram a receber seu Auxílio Emergencial.
Estes, então, sempre recebem nos dez últimos dias úteis do mês. Portanto, isso significa que no fim de semana nenhum deste grupo teve acesso aos valores. Assim, a divisão pelo final de seu NIS (Número de Identificação Social) continuará nesta segunda-feira, 25 de outubro, pelos que possuem NIS com fim 6.
No entanto, os demais participantes, que se inscreveram pelo Cadastro Único ou pelo aplicativo Caixa Tem, não terão uma nova liberação hoje. Desse modo, amanhã, 26 de outubro, o calendário de pagamentos continuará pelos que nasceram em junho.
Como funcionou o Auxílio Emergencial?
Com início em 2020, o programa nasceu para dar um suporte às famílias brasileiras durante a pandemia da Covid-19. Levando em consideração que este contexto, muitos tiveram dificuldades financeiras. Inclusive, o desemprego cresceu, assim como a quantidade de pessoas com fome.
Dessa forma, o Auxílio Emergencial foi muito importante para diminuir a crise que se instalava. Inicialmente, o benefício concedia R$ 600 para as famílias em geral e R$ 1.200 para aquelas com mãe solo. Neste formato foram cinco parcelas, de abril a agosto.
Em seguida, o Governo Federal prorrogou o programa, contudo, com o valor menor. Assim, os participantes receberam R$ 300 ou R$ 600, de acordo com as mesmas regras. Nesta formato foram mais quatro parcelas, de setembro a dezembro do ano passado.
Iniciando 2021, o Governo Federal não iria prosseguir com o Auxílio Emergencial. No entanto, com o agravamento da pandemia e os pedidos da população, o benefício retorno em abril.
Nessa extensão, porém, os valores foram ainda menores e com novas divisões. Desse modo, receberam R$ 150 aqueles que moram sozinhos, R$ 250 famílias de duas ou mais pessoas e R$ 375 mães solo e seus filhos.
Este modelo teria quatro parcelas, de abril a julho, contudo, a nova prorrogação acrescentou mais três parcelas. Portanto, o benefício termina neste mês de outubro, com confirmação do Governo Federal de que não haverão mais extensões.
Porque não haverá nova prorrogação?
Desde o final do último ano o Governo Federal já falava de um novo programa assistencial. Assim, o objetivo seria reestruturar o Bolsa Família, ou seja, atual programa de distribuição de renda que atende as famílias de baixa renda.
Dessa maneira, seria possível que o novo governo tirasse a relação do benefício com o Partido dos Trabalhadores, seu adversário político. Além disso, essa seria uma forma de melhorar a reputação do presidente Jair Bolsonaro para as eleições de 2022.
Portanto, o foco do Governo Federal e, principalmente, do Ministério da Economia, seria de lançar o novo programa e não prorrogar o Auxílio Emergencial, apesar da vontade de alguns agentes políticos.
Ademais, com o avanço da vacinação, os casos da Covid-19 estão diminuindo a cada dia. Logo, o benefício que se destina a ajudar os brasileiros em razão da doença, vai se tornando menos necessário.
Fim do Auxílio Emergencial poderá agravar a fome
Com o fim do Auxílio Emergencial, apenas aqueles que cumprem com as regras do Auxílio Brasil, ou seja, o novo Bolsa Família, terão algum tipo de suporte do Governo Federal.
Desse modo, para participar do novo programa, é necessário estar no Cadastro Único. Contudo, este está com suspensão para novas inscrições, de forma que mais de um milhão de brasileiros seguem na fila aguardando.
O Auxílio Emergencial chegou a cerca de 39 milhões de pessoas em 2021 e que o Auxílio Brasil pretende chegar a 17 milhões. Portanto, mais de 20 milhões de beneficiários do Auxílio Emergencial não terão qualquer tipo de apoio.
Em conjunto, o Brasil já soma 19,1 milhões de cidadãos que passam 24 horas ou mais sem ter o que comer. Ademais, 55% da população sofria se encaixa na categoria da insegurança alimentar. Isto é, estes não sabem se conseguirão se alimentar.
Além disso, um estudo da Fundação Getulio Vargas Social (FGV Social) demonstra que aqueles mais pobres irão sofrer mais. Assim, analisando a quantidade de pessoas na linha da pobreza durante os anos, foi possível verificar o impacto da pandemia e do Auxílio Emergencial.
Nesse sentido, em 2019, eram 10,97% de brasileiros na linha da pobreza, o que significa 23,1 milhões de pessoas. Já em setembro de 2020, esse número caiu para 4,63%, o que evidencia a importância do benefício, que já contava com sua sexta parcela.
Em seguida, com a suspensão do benefício no início de 2021, o número tornou a subir, chegando a 16,1% da população.
Portanto, estes números servem para demonstrar como o pagamento do benefício neste contexto de crise econômica e sanitária é essencial. Além disso, ainda que os casos da doenças estejam diminuindo, seus efeitos na economia e nos aspectos sociais irão permanecer por algum tempo.
Quem receberá a sétima parcela?
Por fim, o pagamento da sétima e última parcela segue até o final deste mês de outubro. Para quem participa do Bolsa Família já será possível realizar saques em dinheiro e transferências.
Contudo, para o público geral este calendário apenas marca as datas para depósito das quantias. Apenas em novembro este grupo poderá sacar e transferir seus benefícios. Essa possibilidade, então, se inicia no dia 1º para quem nasceu em janeiro, terminando no dia 19 para quem nasceu em dezembro.
Calendário da 7ª parcela
Veja o calendário de pagamentos dos próximos dias:
- 25 de outubro, segunda-feira: recebem os beneficiários do Bolsa Família com NIS de final 6.
- 26 de outubro, terça-feira: recebem os aniversariantes de junho do público geral e os participantes do Bolsa Família de NIS com final 7.
- 27 de outubro, quarta-feira: recebem os beneficiários do público geral que nasceram em julho e os participantes do Bolsa Família de NIS com final 8.
- 28 de outubro, quinta-feira: recebem os aniversariantes de agosto do público geral e os participantes do Bolsa Família de NIS com final 9.
- 29 de outubro, sexta-feira: recebem os beneficiários do público geral que nasceram em setembro e os participantes do Bolsa Família de NIS com final 0.
- 30 de outubro, sábado: recebem os aniversariantes de outubro e novembro do público geral.
- 31 de outubro, domingo: recebem os beneficiários do público geral que nasceram em dezembro.