O auxílio emergencial, pago atualmente no valor de R$600, foi criado por causa da pandemia do novo coronavírus. O benefício tem objetivo de auxiliar trabalhadores autônomos, informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) durante a crise gerada pela pandemia.
O benefício tem previsão, até então, de ser pago em três parcelas de R$ 600. No caso de mães chefes de família, o valor de cada parcela é de R$ 1.200.
Com parte dos brasileiros recebendo a primeira e segunda parcela e a pandemia do novo coronavírus ainda em alta, há a possibilidade de mais parcelas serem pagas. Entretanto, as parcelas do auxílio emergencial podem ser de valor menor que R$ 600.
Com a crise, a desigualdade e pobreza no Brasil deve aumentar se esse auxílio destinado à parcela mais vulnerável não for prorrogado. Economistas já avaliam que o pagamento por apenas três meses não é suficiente.
De acordo com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), prorrogar o auxílio emergencial até o fim do ano de 2020 pode ter impacto positivo de 0,55 no PIB (Produto Interno Bruto). Essa prorrogação, de acordo com os dois institutos, pode aumentar em cinco vezes o poder de arrecadação dos mais pobres comparado aos mais ricos.
Até agora, o auxílio emergencial, criado em abril, tem custo de cerca de R$ 152 bilhões. Até a última sexta, o benefício tinha mais de 101 milhões de cadastros processados e quase 60 milhões de beneficiários.
A última semana foi marcada por grandes revelações sobre a continuidade do pagamento do auxílio emergencial. De acordo com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o auxílio emergencial, pago atualmente no valor de R$600, terá quarta parcela com valor três vezes menor (Auxílio emergencial de R$200).
A expectativa é pela autorização do pagamento da 4ª parcela do auxílio emergencial. No entanto, o valor do auxílio emergencial deve ser menor, no valor de R$200, conforme informou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan.
“Conversei com o Paulo Guedes [ministro da Economia] que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600. Eu não sei quanto vai ser, R$ 300, R$ 400; e talvez tenha a quinta [parcela]. Talvez seja R$ 200 ou R$ 300. Até para ver se a economia pega”, disse.
“Não podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões, que foram gastos dessa forma. Isso vai impactar nossa dívida, no Tesouro”, disse o presidente.
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