Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial pode voltar se houver segunda onda de Covid-19

Ministro da Economia admitiu pela primeira vez que há possibilidade de prorrogação

Nesta terça-feira (10), Paulo Guedes, ministro da Economia, admitiu pela primeira vez que o auxílio emergencial pode ser prorrogado. Em conferência da agência da Bloomberg, o ministro afirmou que programa pode continuar se houver uma segunda onda de Covid-19 no país.

O ministro afirmou que o fato de já haver 64 milhões de contas digitais criadas para o auxílio emergencial neste ano facilitaria um novo processo no ano que vem. Inicialmente, o programa está previsto para finalizar os pagamentos em dezembro de 2020.

“Deixamos bem claro para todo mundo. Se houver uma segunda onda no Brasil, temos já os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e o que eles precisam para sobreviver”, disse o ministro. Se uma segunda onda nos atingir, aí iremos aumentar mais (os gastos). Em vez de 8% do PIB, provavelmente (usaremos) desta vez metade disso. Porque podemos filtrar os excessos e certamente usar valores menores”, afirmou ele.

Paulo Guedes afirmou ainda que os gastos ligados à pandemia do novo coronavírus seriam menores no caso de uma segunda onda. Esses gastos pegaram mais de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Antes do auxílio começar a valer, Paulo Guedes defendia que as parcelas fossem de R$ 200. O Congresso Nacional pediu que o valor fosse de R$ 500. Por fim, Bolsonaro aumentou o valor para R$ 600. Após as cinco primeiras parcelas, o programa paga R$ 300.

“Nós podemos gastar um pouco mais. Exatamente porque as pessoas entendem que temos que voltar à situação anterior tão logo a doença nos deixe”, disse o ministro. “Nós estamos prontos para agir se a doença vier novamente, mas certamente não agiremos (dessa forma) se ela for embora”, disse o ministro, sinalizando a volta do auxílio emergencial, caso necessário”.