Cerca de 400 mil novos beneficiários do Programa Bolsa Família aguardam na fila de espera do Auxílio Emergencial. As famílias precisaram apresentar no início do ano a documentação exigida pelo Ministério da Cidadania comprovando sua condição financeira. Contudo, mesmo após a confirmação de dados, ainda não receberam nenhuma parcela.
Além disso, na prorrogação do auxílio emergencial em 2021, não foi possível realizar um novo cadastro. A seleção de beneficiários foi realizada pela DATAPREV e teve os dados avaliados pelo Ministério da Cidadania, com base nos cadastros feitos no ano anterior.
Em 2020, os cidadãos cadastrados no Bolsa Família receberam o auxílio emergencial automaticamente, sem a necessidade de um cadastro prévio. Entretanto, a extensão do benefício concedido em 2020 não garante o acesso dos novos favorecidos pelo Bolsa Família.
Como resultado, milhares de novos beneficiários do programa assistencial, que permanecem sem a transferência direta de renda, também não foram cadastrados no Auxílio Emergencial em 2021 e encontram-se desassistidos pelo Estado.
O Auxílio Emergencial é um benefício criado pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19. O intuito do auxílio é garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica causadas pela crise.
Em 2021, só receberão o novo auxílio aqueles que já eram beneficiários no ano anterior e atendiam aos critérios do Programa em dezembro de 2020. Portanto, não houve a possibilidade da realização de novos cadastros.
Desta forma, os novos beneficiários do Bolsa Família que aguardam a ampliação do programa social, não foram cadastrados. Parcela esta da população que encontra-se em situação de pobreza extrema.
Além da quantidade de beneficiários do Auxílio Emergencial 2021 ser mais restrita, os valores pagos às famílias também são inferiores em relação ao ano anterior. O auxílio que inicialmente foi pago em cinco parcelas de R$ 1,2 mil a mães solteiras chefe de família e R$ 600 aos demais beneficiários, foi reduzido a 4 parcelas entre R$ 150 e R$ 375.
O auxílio foi limitado a um beneficiário por família e possui diferentes valores para distintas formações familiares. Veja os valores e parcelas fornecidas até o momento:
Mulheres provedoras de família monoparental (mães solteiras), possuem direito a receber quatro parcelas de R$ 375,00
Pessoas que moram sozinhas possuem direito a receber quatro parcelas de R$ 150,00
Demais cidadãos possuem o direito a receber quatro parcelas de R$ 250,00.
O atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pretende prorrogar o Auxílio Emergencial. A decisão final sobre o número de parcelas será tomada pelo líder do executivo Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro da economia, João Roma.
O governo planeja prorrogar o benefício até que toda a população maior de 18 anos esteja vacinada. Para isso, serão analisados dados do Ministério da Saúde sobre o andamento da vacinação no país.
Ademais, Guedes afirmou que, com o fim do pagamento do Auxílio Emergencial, haverá mudanças no Programa Bolsa Família. Essas alterações têm como objetivo uma ampliação para atender mais famílias brasileiras em situação de pobreza ou extrema pobreza.