O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar nesta segunda-feira (5) sobre a prorrogação do Auxílio Emergencial. Ele disse mais uma vez que o programa pode ganhar até mais do que três meses de adição. É que tudo vai depender de como a vacinação em massa no Brasil vai andar em um futuro próximo. Sendo assim, o benefício poderia chegar em 2022.
Em uma declaração ao lado do Presidente Jair Bolsonaro, Guedes disse que conversou com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O chefe da pasta da saúde teria dito para Guedes que o Brasil estaria em uma situação de normalidade epidemiológica dentro de três meses. Pelo menos essa é a aposta.
E foi justamente esta fala de Queiroga que fez com que Guedes convencesse o resto do Governo a prorrogar o Auxílio por mais três meses. Seria portanto justamente o tempo que o Brasil teria para voltar a uma espécie de normalidade. Se não acontecer, aí o programa Emergencial poderia até ganhar mais alguns meses.
Alguns especialistas não são tão otimistas como o Ministro da Saúde. Eles afirmam que o Brasil certamente não vai atingir uma normalidade nesta pandemia dentro de apenas três meses. Na verdade, eles acham que o mais provável é que o país siga com dificuldades para vacinar boa parte da população adulta.
Recentemente, o Governador de São Paulo, João Dória, disse que vai vacinar a população adulta do seu estado até o próximo mês de setembro. Boa parte dos especialistas acredita que essa seria uma proposta muito ambiciosa e difícil de ser alcançada. Entretanto, mesmo que ele consiga fazer isso, o Governo Federal ainda teria que se preocupar com outros estados.
Tudo isso é importante para dizer que a vacinação em massa contra a Covid-19 é um tema que está intimamente ligado ao Auxílio Emergencial. É que de acordo com o Ministro da Economia, um ponto vai acabar definindo o outro.
O resumo da história é que a vacinação em massa pode ser a salvação do Governo Federal neste momento. Guedes aposta que a aceleração desse processo vai fazer com que o Planalto se livre da obrigação de pagar tantos auxílios.
Sem o problema da pandemia e com a volta ao período de normalidade, Guedes acredita que até o Bolsa Família vai perder um pouco do peso. É que o plano é fazer com que as pessoas voltem a trabalhar normalmente.
Caso esse plano dê errado, o jeito vai ser prorrogar o Auxílio Emergencial por mais algum tempo. E aí isso implica diretamente no novo Bolsa Família. É que um programa só vai começar quando o outro chegar ao fim.
Dessa forma, se o Auxílio terminar o seus pagamentos em outubro, então o novo Bolsa Família vai começar em novembro. No entanto, se o programa emergencial tiver uma nova prorrogação, aí não se sabe quando o outro projeto poderia estrear.
Acontece que de acordo com as leis brasileiras o Governo não pode apresentar programas deste tipo em anos eleitorais. E 2022 é justamente um ano de eleições presidenciais. Portanto, na prática o Planalto tem até o final de 2021 para aprovar esse novo Bolsa Família.