O Governo Federal está se preparando neste momento para começar os pagamentos da nova parcela do Auxílio Emergencial. No entanto, há uma outra preocupação dentro do Palácio do Planalto. O que fazer com o dinheiro que está sobrando no programa?
De acordo com as informações oficiais, o Governo tem cerca de R$ 44 bilhões à disposição para fazer os pagamentos do programa este ano. Já se sabe que o Ministro da Economia, Paulo Guedes não quer passar desse montante. Se passar, o Presidente Jair Bolsonaro estaria cometendo um crime de responsabilidade.
A grande questão é que na projeção atual o Governo gastaria cerca de R$ 36 bilhões. Dessa forma, é fato que seguindo o ritmo de agora, deve sobrar dinheiro para novos pagamentos. Agora só falta decidir o que fazer com esse dinheiro que está sobrando.
Parte do Governo quer que o Planalto aumente a quantidade de pessoas que está recebendo o benefício. De acordo com os dados oficiais, dá para inserir mais seis milhões de brasileiros nesta nova fase do benefício. Eles viriam do grupo de cidadãos que deram entrada no programa no ano passado, mas tiveram uma negativa.
Outra parte do Governo quer usar esse dinheiro restante para aumentar as parcelas do benefício. Vários parlamentares no Congresso querem que o Ministério da Economia prorrogue o Auxílio até o próximo mês de novembro. Membros do Ministério dizem que é possível tentar fazer isso.
Nas ruas, as opiniões sobre essa questão variam de pessoa para pessoa. É que boa parte dos brasileiros preferem uma prorrogação do benefício até o próximo mês de novembro. Outra parte, no entanto, prefere que o Governo coloque mais brasileiros no Auxílio atual.
Quem está recebendo o Auxílio agora certamente prefere que o Governo opte pela prorrogação do benefício até novembro. É que assim essas pessoas acabariam ganhando mais alguns meses do dinheiro até, pelo menos, o final deste ano.
As pessoas que não estão recebendo o Auxílio deste ano certamente estão torcendo para que o Governo opte pela inserção de novos beneficiários. É que dessa forma, esses cidadãos acabariam tendo mais uma chance de entrar para o programa em questão.
O fato mesmo é que o Governo ainda não tomou uma decisão. Há quem diga, por exemplo, que seria possível fazer as duas coisas. Assim o Planalto pagaria mais parcelas para um número maior de pessoas. Essa proposta, no entanto, não deve agradar o Ministro da Economia, Paulo Guedes.
De acordo com Guedes, qualquer que seja a decisão, ela vai precisar respeitar o teto de R$ 44 bilhões. Esse é portanto o limite de gastos que a PEC Emergencial estabeleceu. Alguns partidos de oposição até tentaram derrubar esse texto, mas até agora não conseguiram.
Dentro do Governo, a única possibilidade que os membros do Planalto não falam é um aumento no valor das parcelas. De acordo com o Ministério da Cidadania, o novo programa paga valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. Esses repasses não devem aumentar.