Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial em 2021 teria custo de R$15,3 bi em 4 meses

Durante o ano inteiro, caso o auxílio fosse estendido, a despesa seria de R$ 45,9 bilhões.

A prorrogação do auxílio emergencial em 2021 tem uma alta chance de se tornar realidade. A confirmação foi dada por meio da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, conforme relatório divulgado no dia 16 de novembro.

O órgão, que tem a responsabilidade de realizar avaliações das contas públicas, estima que uma prorrogação por mais 4 meses (janeiro a abril) do auxílio residual de R$ 300 para 25 milhões de pessoas custaria no orçamento um valor de R$ 15,3 bilhões. Durante o ano inteiro, caso o auxílio fosse estendido, a despesa seria de R$ 45,9 bilhões.

Simulação

Na simulação dos valores, estariam elegíveis nada menos que 14,3 milhões de brasileiros que estão hoje no programa Bolsa Família. Além disso, mais 12 milhões com a pandemia da covid-19 também estariam incluso no programa. Atualmente, são mais de 67 milhões aptos a receberem o benefício.

A IFI, com a retomada ainda lenta de trabalhadores ao mercado de trabalho, avalia que é prudente considerar, em uma análise de riscos fiscais, a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial em 2021 ou a criação de um novo programa de assistência social.

O diretor executivo da IFI, Felipe Salto, ressalta que a prorrogação do auxílio é, atualmente, o maior risco fiscal de curto prazo para 2021, já que não há espaço orçamentário no próximo ano.

“É muito difícil dizer o que deve ou não ser feito. O quadro social e econômico é muito complicado. Mas dá para dizer que há uma probabilidade alta de que algo seja feito”, disse ele. “Deve ou não ser feito? Essa é uma questão que tem de ser respondida com base nas avaliações que o próprio governo precisa fazer”, completou.

Relatório

O novo relatório da IFI prevê a necessidade de um ajuste de R$ 327,1 bilhões para a divida pública estabilizar em 100% do PIB em 2024. A IFI projeta um crescimento de 2,8% do PIB para 2021. Para este ano, a projeção de queda do PIB passou de 6,5% para 5%.

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