Auxílio Emergencial é garantia para entrar em outros programas sociais?
O Auxílio Emergencial foi fundamental para milhões de famílias brasileiras durante a fase mais crítica da pandemia decorrente da Covid-19. No entanto, com o seu encerramento em outubro de 2021, muitas famílias continuam desamparadas, ainda impactadas com os efeitos da crise sanitária.
O Auxílio Emergencial foi fundamental para milhões de famílias brasileiras durante a fase mais crítica da pandemia decorrente da Covid-19. No entanto, com o seu encerramento em outubro de 2021, muitas famílias continuam desamparadas, ainda impactadas com os efeitos da crise sanitária.
Inscrição no Auxílio Emergencial garante entrada em novo benefício?
Em resumo, não! Isso porque, segundo o Governo Federal, os outros programas têm suas próprias regras, e aqueles interessados em receber outros benefícios precisam verificar se fazem parte da lista de pessoas elegíveis.
Todavia, isso não foi favorável para as pessoas de baixa renda, sendo a maior parte do público atendido outrora pela Auxílio Emergencial. A questão é que a maioria das famílias não se encaixam nas situações de pobreza ou extrema pobreza, como beneficia o Auxílio Brasil.
No entanto, também sofrem financeiramente. Isso acontece com bastante frequência quando um provedor do lar perde o emprego, por exemplo, e não encontra nenhum programa que possa se encaixar. Mesmo o chamado “Vale-gás” não é um programa garantido para as pessoas que receberam o auxílio.
Assim como o novo Bolsa Família, o Auxílio Gás exige que a pessoa tenha inscrição ativa no CadÚnico, o que é possível de se conseguir mesmo com a renda per capita (por pessoa) superior a meio salário mínimo (R$ 606 em 2022).
Embora o programa seja mais amplo, nada tem a ver com o Auxílio Emergencial. Para os cidadãos beneficiários do antigo programa, é preciso passar por burocracias para conseguir entrar nos projetos.
Retorno do auxílio emergencial de R$600 é defendido
O Congresso Nacional voltou a debater sobre a possibilidade da volta do Auxílio Emergencial. Embora alguns parlamentares defendam a renovação do programa, o Governo Federal continua não tendo interesse em prorrogar o benefício.
No entanto, vários políticos insistem na tentativa de retomar o Auxílio Emergencial de R$ 600. Um deles é o deputado federal, Renildo Calheiros, que destaca a importância do benefício para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.
O parlamentar ainda pontuou a situação das milhares de famílias que não foram incluídas no programa que substituiu o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, o chamado Auxílio Brasil, que está vigor desde novembro de 2021.
Diante disso, muitos cidadãos estão tendo que se desdobrarem para conseguir ultrapassar suas necessidades e manterem sua subsistência, como na alimentação, moradia, saúde, entre outros pontos fundamentais.
Conforme os dados do Ministério da Cidadania, cerca de 25 milhões de famílias ficaram desamparadas com o fim do Auxílio Emergencial em outubro do ano passado. Segundo o ministro João Roma, apenas três milhões de pessoas foram consideradas elegíveis ao novo programa.
Retorno do Auxílio Emergencial
Vale ressaltar que o retorno do Auxílio Emergencial também é defendido pelo pré-candidato à presidência da República, André Janones, que destacou durante uma entrevista ao Poder360, que “pobre não é problema! Colocar dinheiro na mão do pobre vai melhorar a economia”.
O político ainda pontuou dados capazes de mostrar que o auxílio influenciou no aumento da arrecadação de tributos em mais de 100%. Todavia, apesar da grande movimentação, não há nenhum indício de que o benefício realmente voltará a ser pago aos brasileiros.
Isso porque, o Governo Federal mantém a alegação de que não possui condições financeiras para arcar com uma nova rodada do programa, pois todo o espaço do Orçamento da União já foi ocupado.