O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro de 2020. A declaração foi dada durante manifestação de apoiadora, durante evento no Rio Grande do Norte.
Atualmente, o benefício para trabalhadores informais paga cinco parcelas de R$ 600. O auxílio começou a ser pago em abril. A quinta e última parcela começou a ser paga para beneficiários do Bolsa Família; o pagamento segue até 31 de agosto.
Entretanto, apesar de ter confirmado o auxílio até dezembro, Bolsonaro não revelou qual será o valor. “O Auxílio Emergencial foi bem-vindo, mas ele custa R$ 50 bi de reais, e infelizmente não pode ser definitivo, mas vamos continuar com ele, mesmo com valores diferentes, até que a economia possa pegar em nosso país”, disse o presidente.
O presidente falou sobre o assunto após apoiadora no Rio Grande do Norte pedir prorrogação do programa. “Até dezembro, só não sei o valor”, respondeu ele. De acordo com Bolsonaro, o fato do auxílio custar R$ 50 bilhões a cada mês faz com que ele não possa ser “eterno”.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente deve anunciar em breve que serão pagas mais quatro parcelas, em setembro, outubro, novembro e dezembro, de R$ 300 cada uma. Esses detalhes estarão presentes em Medida Provisória (MP) que será enviada ao Congresso nos próximos dias. A informação foi dada ao jornal O Globo por fontes do Palácio do Planalto.
Paulo Guedes, ministro da Economia, defendia que a prorrogação fosse com parcelas de R$ 200. De acordo com as fontes, Bolsonaro considerou o valor baixo e procurou um meio-termo. já que parlamentares defendiam que as parcelas fossem mantidas a R$ 600. O prazo final que o presidente tinha dado para decidir sobre o auxílio havia sido essa sexta-feira.
A equipe econômica do governo reconhecia que os brasileiros ainda precisam de ajudar para passar pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Entretanto, o auxílio emergencial tem custo de cerca de R$ 50 bilhões a cada mês. Por isso, a equipe econômica passou a defender parcelas de menor valor. Para que o novo valor seja oficializado, a base de apoio de Bolsonaro deverá trabalhar para que a Medida Provisória seja aprovada no Congresso Nacional.
A partir de janeiro de 2021, o governo deseja colocar em prática o Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família.
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