O Presidente Jair Bolsonaro disse mais uma vez que o Auxílio Emergencial não vai passar por uma alteração de valores. De acordo com o chefe do executivo, o benefício não pode sair do patamar atual por uma questão de respeito com as contas públicas. Por isso, o projeto vai continuar pagando os níveis atuais de repasses.
“Quando a parcela era de R$ 600 por mês, nós nos endividamos na ordem de R$ 50 bilhões. É impossível continuar com essa política. Não basta a Casa da Moeda imprimir papel, precisamos que o campo produza e a cidade também”, disse o Presidente em entrevista para o Canal Rural nesta terça-feira (24).
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial está pagando três valores fixos diferentes. São eles: R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Ainda de acordo com o Ministério, a grande maioria dos usuários está mesmo recebendo esse patamar menor. O montante mais elevado está indo para as mães chefes de família.
Desde que começou os pagamentos deste benefício ainda em abril, o poder executivo vem sofrendo pressão para aumentar esses patamares. Nos últimos meses, aliás, manifestantes estão saindo para as ruas com várias pautas contra o Governo de Bolsonaro. Entre esses pedidos, há o de aumentar o valor do Auxílio Emergencial justamente para a casa dos R$ 600.
No entanto, o que se vê é que o Governo Federal não está sucumbindo à pressão. Pelo menos pelas declarações de membros do Palácio do Planalto, o poder executivo não tem a menor pretensão de aumentar os valores do benefício. Mesmo durante a prorrogação, seguem valendo os patamares atuais.
Outro ponto que segue sendo pauta de muita pressão é a questão da quantidade de usuários que recebem o Auxílio Emergencial. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 37 milhões de pessoas estão recebendo esse dinheiro.
Nas redes sociais, centenas de internautas estão pedindo para que o Governo abra novamente uma possibilidade de entrada no benefício. Em tese, eles estão pedindo para que o Palácio do Planalto abra novamente as inscrições para o projeto.
O Governo Federal também nega essa possibilidade. De acordo com informações do próprio Palácio do Planalto, o Auxílio Emergencial vai seguir atendendo apenas esses 37 milhões de brasileiros que estão recebendo essas parcelas atualmente. Ninguém mais entra. Pelo menos essa é a ordem até aqui.
Se o Auxílio Emergencial não vai aumentar de tamanho, o mesmo não se pode dizer do Bolsa Família. A partir do próximo mês de novembro, o novo programa vai ter um número maior de usuários e vai ver crescer também a média dos seus pagamentos.
Hoje, também de acordo com o Ministério da Cidadania, o Brasil tem algo em torno de 14,7 milhões de beneficiários do Bolsa Família. São pessoas que estão recebendo neste momento uma média de R$ 189 por indivíduo. É o que dizem os dados oficiais.
Como dito, o Governo Federal deverá subir esse patamar. No entanto, ainda não se sabe o tamanho desses aumentos. É que o Planalto ainda não bateu o martelo sobre isso. De acordo com informações de bastidores, eles só darão mais detalhes a partir do final do próximo mês de setembro.