Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial chega ao fim e deixa 53,9 milhões de brasileiros sem renda

Nesta segunda-feira (11), a Caixa Econômica Federal libera o saque e transferência do auxílio emergencial para quem nasceu em maio. Até o fim do mês, o banco continua o seu cronograma de liberação das movimentações. Mas o pagamento do programa já foi encerrado no fim de dezembro de 2020. Com o fim do programa e sem um substituto, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, milhões de brasileiros devem ficar desamparados e sentir o impacto no bolso.

Com o argumento de que não há dinheiro em caixa, e de acordo com dados do Portal da Transparência, cerca de 53,9 milhões de brasileiros devem ficar sem renda para sobreviver em meio à pandemia. O fim do programa acontece no momento em que o Brasil tem sua maior taxa de desemprego desde 2017. De acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE, há mais de 14 milhões de brasileiros sem emprego formal.

Esses dados não levam em conta quem parou de procurar emprego e os brasileiros que entraram no mercado informal e em prováveis condições precárias de empregabilidade.

O auxílio emergencial foi criado para socorrer brasileiros com trabalho informal, autônomo, microempreendedor individual (MEI) ou desempregados, desde que não recebam o seguro-desemprego. Beneficiários do Bolsa Família tiveram direito ao programa. Esse grupo recebeu cinco parcelas de R$ 600 e quatro parcelas da prorrogação de R$ 300. A última parcela de R$ 300 para esse grupo foi paga entre 10 e 23 de dezembro.

O cronograma geral do auxílio emergencial para quem fez cadastro pelo site e pelo app chega ao fim no dia 27 deste mês, quando quem nasceu em dezembro poderá fazer o saque em espécie e transferência das últimas parcelas pagas. A quantidade de parcelas pagas varia de acordo com quando o beneficiário começou a receber o programa. Antes de poder fazer o saque, os beneficiários podem utilizar o dinheiro apenas pelo app Caixa Tem.