Nesta quarta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro disse que o pagamento do auxílio emergencial não pode ser concedido por muito tempo, devido ao alto custo do benefício.
“Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bi. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse Bolsonaro na área interna do Palácio da Alvorada.
No domingo (2), o presidente Bolsonaro havia criticado quem defende que o benefício seja definitivo. “Alguns estão defendendo o auxílio indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles, esse mesmo governador que quebrou seu estado, está defendendo agora o [auxílio] emergencial de forma permanente. Só que, por mês, são R$ 50 bilhões. Vão arrebentar com a economia do Brasil”, disse o presidente.
Apesar do discurso de Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia avalia que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Embora haja preocupação com o impacto fiscal da medida, há o entendimento que pressões políticas podem levar à prorrogação.
O programa já demanda R$ 254,2 bilhões e representa a medida mais cara do pacote anticrise. De acordo com técnicos do Ministério da Economia, o auxílio emergencial tem um custo mensal de aproximadamente R$ 50 bilhões. Por isso, a prorrogação com as mesmas regras até o fim do ano faria o custo total chegar a R$ 450 bilhões (quase cinco vezes o rombo de todo o governo em 2019, de R$ 95 bilhões).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende o valor de R$ 200. Segundo o ministro, o valor representa aproximadamente a média recebida no Bolsa Família, e que o auxílio não poderia ser maior do que isso.