Há uma grande expectativa pela prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. Para isso, a ala política do Governo voltou a defender a extensão do benefício até o próximo ano. No entanto, a prorrogação encontra resistência.
De acordo com assessores, o presidente Jair Bolsonaro só deve decidir sobre o tema após o segundo turno das eleições municipais.
“A decisão é do presidente Bolsonaro e, até agora, ele não tomou uma posição. Deve decidir entre esta e a próxima semana, sabendo da importância do benefício para a população que está em situação de vulnerabilidade”, revelou um assessor presidencial.
O assessor do presidente afirmou que os pedidos pela prorrogação do benefício aumentaram. No entanto, ressaltou que o cumprimento do teto dos gastos públicos deve ser garantido. De acordo com o texto em vigor, o pagamento do auxílio emergencial vai até dezembro deste ano.
Líderes do governo querem aprovar a chamada PEC Emergencial ainda em 2020 e incluir no texto o novo programa social do governo. No entanto, a própria base aliada do presidente da República no Legislativo considera isso impossível.
Os líderes do Governo no Congresso Nacional têm a expectativa de aprovar a PEC emergencial ainda em 2020 e incluir no texto o novo programa social. No entanto, isso deve ser praticamente impossível, conforme prevê a própria base aliada do presidente Jair Bolsonaro.
Dessa forma, a ala política do Governo Federal defende que o auxílio emergencial seja pago até o Congresso aprovar a criação de um novo programa social ou a reformulação do Bolsa Família.
Neste segundo caso, o valor do benefício seria maior. Além disso, mais famílias seriam beneficiadas.
Caso o novo programa de distribuição de renda não seja aprovado, o Governo Federal terá que prorrogar o auxílio emergencial, conforme prevê os assessores da presidência.
Até agora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não é favorável a extensão do auxílio emergencial. Ele defende que se não for possível criar um substituto para o Bolsa Família ainda este ano, o programa deve ser reformulado.
De acordo com ele, a pandemia do novo coronavírus está cedendo no país e a atividade econômica está voltando.
A declaração do ministro aconteceu durante videoconferência promovida pelas plataformas de investimento Empiricus e Vitreo na última segunda-feira (23). De acordo com Guedes, o benefício pago a informais poderia ter duração de até um ano se o valor das parcelas fosse menor, de R$ 200, como a equipe econômica propôs inicialmente.
Guedes, após reconhecer que o auxílio emergencial com o valor de R$ 600 e a prorrogação com parcelas de R$ 300 até dezembro tiveram apoio do governo, revelou que o novo programa acabou demandando muitos recursos da União.
“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial”, afirmou.
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