Auxílio emergencial: Apenas 10% que foram bloqueados voltaram a receber
Apenas 148 mil cidadãos foram considerados elegíveis e voltaram a receber
Ao todo, 1,3 milhão de beneficiários tiveram o auxílio emergencial de R$ 600 bloqueado. Destes, apenas 10% voltou a receber o benefício. De acordo com o Ministério da Cidadania, após uma nova verificação, apenas 148 mil cidadãos foram considerados elegíveis e voltaram a receber.
Esse grupo já havia começado a receber o auxílio e em agosto teve a conta bloqueada. As contas foram bloqueadas e reavaliadas após atualização nos dados do governo e verificação de dados oficiais.
Ao todo, 51% das contas digitais bloqueadas no dia 21 de julho foram por suspeita de fraude. Já os demais 49% foram bloqueados pelo app Caixa Tem por inconsistências no cadastro. Neste caso, o problema podia ser resolvido pelo celular, enviando a documentação online. Já os beneficiários com suspeita de fraude precisaram comparecer a uma agência da Caixa.
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), os benefícios cancelados por não cumprirem aos requisitos representa 2% do total. Com isso, foram feitos pagamentos indevidos num total de R$ 1,46 bilhão.
O grupo que teve a conta desbloqueada faz parte dos novos aprovados do dia 26 de agosto. Dos 423 mil novos aprovados do auxílio, 10 mil foram pessoas que fizeram cadastro nos Correios, 265 mil que tiveram o cadastro negado e fizeram contestação e o restante teve a conta desbloqueada.
Auxílio prorrogado até dezembro
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio foi oficializada por meio de medida provisória e terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.
“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro.
Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.
O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sobre a redução do valor do benefício e argumenta que, se o valo pode parecer pouco para os brasileiros afetados pela pandemia, “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”.
De acordo com cálculos feitos pela equipe econômica, o custo mensal do benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa.