Nesta quarta-feira, 27 de janeiro, os saques e transferências das últimas parcelas do auxílio emergencial são liberados pela Caixa Econômica Federal, instituição responsável pelos pagamentos do benefício. Recebem hoje, todos os nascidos em dezembro que não são do Bolsa Família.
Os últimos depósitos por meio do aplicativo Caixa Tem já foram feitos nos dias 12 e 29 de dezembro. Dessa forma, está encerrado oficialmente o calendário de saques seguindo o mês de aniversário de cada beneficiário.
Para 2021, o Governo Federal ainda não descarta a possibilidade de estender o benefício para os beneficiários de todo o país. No entanto, membros do Governo consideram que a medida precisa ser compensada com corte de gastos públicos.
Apesar do pagamento ter encerrado nesta quarta-feira (27), o Governo Federal ainda realizará pagamentos do auxílio emergencial em 2021. De acordo com informações do Ministério da Cidadania, será pago um lote para 196 mil pessoas que contestaram a suspensão ou a negativa do auxílio nos meses de novembro e dezembro.
De acordo com a pasta, o grupo vai receber o depósito de todas as parcelas a que têm direito na próxima quinta-feira (28), com autorização imediata para saques e transferências.
Beneficiários têm prazo para sacar
O prazo de movimentação do auxílio emergencial, para saque ou transferência, é de 90 dias a contar do depósito na poupança digital. Para quem é cadastrado no programa Bolsa Família, o prazo é ainda maior, uma vez que, segundo o governo, são 270 dias para os beneficiários realizarem o saque. Após concluído os prazos citados, os recursos não utilizados voltam aos cofres do governo.
De acordo com informações do Governo, quem possui o direito ao auxílio emergencial mas ainda não está cadastrado no programa Bolsa Família recebeu o depósito em poupança digital conforme os chamados ciclos de pagamento da Caixa. A cada ciclo, todos receberam pelo menos uma parcela. O cronograma seguiu conforme o mês de nascimento do beneficiário.
Prorrogação do auxílio emergencial em 2021
Na última terça-feira, 26 de janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, atrelou o retorno do auxílio emergencial, ao fim do que chamou de “aumento automático” para educação, salários de funcionários públicos e segurança.
O auxílio emergencial foi concedido em 2020 com o objetivo de minimizar os impactos econômicos da pandemia sobre trabalhadores informais. O valor inicial de R$ 600 foi reduzido a R$ 300 em dezembro.
Ao lado do presidente Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes falou que gastos fixos e indexados no Orçamento impossibilitam esse tipo de ação social no país.
Durante sua declaração, Guedes pediu adesão dos políticos à responsabilidade fiscal e informou que o país não pode gastar exageradamente e deixar contas para serem pagas por futuras gerações.
Aos que solicitam a retomada do auxílio emergencial ou a criação de um novo programa de renda durante a pandemia, Guedes afirmou que, “caso o pior aconteça”, o governo sabe o que fazer.
“Não pode ficar gritando guerra toda hora. Nós temos que ter muito cuidado. Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Porque se fizer isso não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, porque a prioridade passou a ser absoluta (para o auxílio)”, disse Guedes.