Estudo feito pela Secretaria de Política Econômica e divulgado pelo Ministério da Economia analisou os dados sobre o auxílio emergencial de R$ 600. De acordo com esse estudo, o benefício foi essencial para 30% mais pobre da população do Brasil e representou 93% da renda dos domicílios desses 30%.
O auxílio de R$ 600 ajuda trabalhadores que não fazem parte do mercado formal durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. O estudo foi feito pela área técnica da Secretaria de Política Econômica e se baseou em dados da Pnad Covid-19, do IBGE.
De acordo com a Pnad Covid-19, o auxílio emergencial de R$ 600 melhorou o padrão de vida de cerca de 23 milhões de famílias que fazem parte da parcela mais pobre da população. O benefício se concentrou em informais, desempregados e cidadãos em geral que estão fora do mercado de trabalho.
Esses domicílios de famílias de baixa renda também foram os que mais sentiram o impacto da pandemia do novo coronavírus. Entre os beneficiários do Bolsa Família, que agora recebem o auxílio emergencial, a renda média aumentou em três vezes. O auxílio emergencial paga R$ 600; em caso de mães chefes de família, paga R$ 1.200. Já o Bolsa Família paga, em média, R$ 190.
O Bolsa Família e o auxílio emergencial não são cumulativos. Apesar o benefício de maior valor é pago. De acordo com Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, o resultado do estudo deve ser visto como um convite a debater o assunto.
Com o fim do auxílio emergencial, previsto para setembro, o tema deve entrar em discussão. Sachsida afirma que o debate deve girar em torno das alternativas para a população mais pobre ganhar reforço com programas sociais, em vez da distribuição de renda continuar desigual.