No último mês de outubro, cerca de 40 milhões de brasileiros estavam recebendo alguma ajuda do Governo Federal. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 35 milhões estavam no Auxílio Emergencial, e outros 4 milhões estavam pegando dinheiro do Bolsa Família. Isso mudou agora em novembro.
Veja também: Mais uma prorrogação do auxílio emergencial de até R$375 em 2 parcelas
Também de acordo com o Ministério da Cidadania, a partir deste mês, o número de atendidos pelo Governo Federal é de 14,6 milhões de brasileiros. O número pode até aumentar para os 17 milhões em breve, mas isso ainda vai ser um patamar bem abaixo do que se via até outubro passado.
Essa queda acontece justamente porque o Governo Federal decidiu não prorrogar o Auxílio Emergencial. Com isso, estima-se que pelo menos 25 milhões de brasileiros estejam precisando do dinheiro em questão, mas não estejam conseguindo pegar a quantia. Afinal, o programa que eles faziam parte acabou.
Neste sentido, vários parlamentares de oposição ao Presidente Jair Bolsonaro começaram a fazer pressão contra o Governo. Eles estão exigindo uma solução para essas pessoas o quanto antes. O argumento é que boa parte delas está passando fome neste exato momento. Por isso, elas ainda estão pedindo a continuidade desta ajuda.
“Cerca de 20 milhões de brasileiros ficarão de fora do Auxílio Brasil e não receberão mais nenhum tipo de auxílio a partir de agora. Enquanto isso, o Auxílio Centrão segue correndo solto, esse nunca falha”, disse o Deputado Federal Ivan Valente (PSOL-RJ). “Perversidade de Bolsonaro: dos 39 milhões de pessoas que recebiam auxílio emergencial até outubro, apenas 14,5 milhões receberão o auxílio Brasil em novembro”, disse a Presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
De acordo com o Governo Federal, o Auxílio Brasil ainda não está fazendo pagamentos turbinados porque a PEC dos Precatórios ainda não foi completamente aprovada pelo Congresso Nacional. Pelo menos é o que se sabe até aqui.
Esse texto permite que o Governo Federal pague apenas uma parte das suas dívidas de precatórios que devem chegar perto dos R$ 90 bilhões no próximo ano. Caso eles consigam essa liberação, então sobraria espaço dentro do teto de gastos.
O plano do Palácio do Planalto é portanto conseguir aprovar essa PEC no Senado Federal e por consequência aumentar o Auxílio Brasil já a partir do próximo mês de dezembro, ou seja, a partir do segundo pagamento.
De acordo com o Ministério da Cidadania, algo em torno de 15,4 milhões de brasileiros estão recebendo o Auxílio Brasil neste primeiro momento. São apenas aqueles que já estavam no Bolsa Família até outubro do ano passado.
Os valores subiram de uma média de R$ 189 para R$ 220 neste primeiro momento. Ainda não é o aumento prometido pelo próprio Governo Federal. O Presidente Jair Bolsonaro prometeu que subiria o patamar para um patamar mínimo de R$ 400.
Como dito, no entanto, isso só vai acontecer mesmo no caso de aprovação da PEC dos Precatórios. Caso contrário, é provável que o Auxílio Brasil siga fazendo pagamentos de apenas R$ 220 em média apenas para quem fazia parte do Bolsa Família.