A Caixa recebeu até agora R$ 260 milhões referente a parcelas do auxílio emergencial que foram devolvidas. O montante se refere a valores pago por pessoas que ganharam o benefício mesmo não estando dentro dos critérios estabelecidos.
O pagamento do auxílio emergencial se encerrou no último dia 27. No total, aproximadamente 220 mil brasileiros pagaram a Guia de Recolhimento da União (GRU). A guia foi emitida por meio do site do Ministério da Cidadania.
Por outro lado, o número de devolução é bastante inferior ao esperado. Ao todo 1,3% das pessoas que receberam o SMS devolveram os recursos indevidos. Todavia, no final do ano passado, foram enviados 1,2 milhão de SMS apontando pessoas que poderiam ter recebido o dinheiro indevidamente.
A análise de quem deveria devolver o benefício foi realizada por meio de dados da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
O motivo da devolução variou, porém, veja algumas hipóteses apresentadas pela União:
Dos 220 mil brasileiros que emitiram a GRU e devolveram o benefício 38,2 mil são militares. Os dados são do Ministério da Defesa e foram repassados ao portal Metrópole.
Isso significa, que até sábado (30), data que o levantamento foi realizado, aproximadamente 97,5% dos militares que foram notificados para a devolução, a fizeram. Ao todo 39,2 mil militares das Forças Armadas podem ter ganhado o benefício indevidamente.
“A identificação dos beneficiários é feita mediante cruzamento de dados entre os pagamentos realizados pelo Ministério da Cidadania e a Folha de Pagamento dos Comandos das Forças”, afirmou a pasta da Defesa, em nota ao Metrópoles.
A devolução pode ser feita de maneira online.
Veja passo a passo abaixo:
Ao Metrópoles, o Ministério da Cidadania afirmou que o índice de inconformidade do auxílio é 0,44%. Em outras palavras, a liberação do benefício teria atingido 99,56% de acerto.
“Cabe lembrar que o governo federal, diante da tarefa de construir e implantar o maior benefício já instituído no Brasil, trabalhou diuturnamente para aprimorar todo o processo de concessão do benefício”, garantiu.
“A MP reforçou como pilares a proteção social e econômica aos mais vulneráveis e o compromisso com a responsabilidade fiscal, tendo sido construída com aperfeiçoamentos sugeridos por recomendações da CGU e do TCU”, finalizou a pasta.